Em discurso de apoio a Alckmin, Marcos Pereira diz querer PRB protagonista

Presidente cobrou a participação do partido na elaboração das propostas de campanha e de um eventual governo do tucano

Publicado em 1/8/2018 - 00:00

Em discurso de apoio a Alckmin, Marcos Pereira diz querer PRB protagonista

O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, anunciou nesta tarde (1/8), em Brasília, o apoio formal do partido a Geraldo Alckmin como candidato a presidente da República. Em discurso durante a 12ª Convenção Nacional do PRB, o ex-ministro da Indústria destacou o crescimento sólido do partido nos 13 anos de fundação, falou da importância da serenidade de Alckmin no momento turbulento do País e cobrou a participação do partido na elaboração das propostas de campanha e de um eventual governo do tucano.

A Convenção reuniu o senador e presidente do PRB em exercício, Eduardo Lopes (RJ); o líder do partido na Câmara, deputado federal Celso Russomanno (SP); deputados federais, estaduais, presidentes estaduais e municipais do PRB, coordenadores, além do próprio Alckmin.

Leia o discurso na íntegra:

Boa tarde a todos!

[cumprimentos protocolares]

O PRB se tornou, sem nenhuma dúvida, uma das principais forças políticas do Brasil. Em apenas 13 anos de existência, a serem completados no próximo dia 25, experimentamos um crescimento orgânico, sólido e constante.

Nada do que aconteceu na nossa história foi por acaso ou por sorte. Tudo foi pensado, planejado e executado dentro de uma perspectiva clara de poder. Agora, nestas eleições de outubro próximo, cada republicano em cada canto do Brasil dará o seu melhor por esse projeto.

Com o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, apresentamos aos brasileiros uma proposta diferente de tudo que está posto. O fato é que o País ainda não está preparado para uma candidatura integralmente liberal na economia e conservadora nos costumes.

A retirada da candidatura do Flávio, discutida e decidida em conjunto entre ele e a Executiva Nacional do PRB, deu-se em função da necessidade de aglutinarmos as forças do Centro Democrático em torno de uma candidatura mais robusta e que faça frente aos extremos.

O Brasil vive um momento crucial da sua história e nós não podemos errar. Uma decisão mal tomada hoje pode representar um custo muito alto para os próximos quatro anos, ou até mais. 

Todos nós temos visto as manifestações dos extremos, da direita e da esquerda, e é muito difícil não se preocupar com o que cada uma dessas frentes defende e apoia. 

Nosso povo não aguenta mais ser a corda da disputa de cabo de guerra entre um lado e outro lado. Basta de divisão. Não temos dois ou mais Brasis. Uma das nossas maiores virtudes é justamente a capacidade do brasileiro em lidar com o adverso. É hora de união.

Precisamos gerar emprego para 13 milhões de brasileiros. Precisamos sanar a Previdência. Precisamos de um novo pacto federativo. Precisamos de menos impostos. Precisamos de um Estado leve e eficiente.

O fato é que ninguém aguenta mais!

Não é com mais populismo que vamos resolver estes e outros problemas. O Brasil, apesar de tudo, conseguiu sobreviver ao populismo demagógico da esquerda, mas eu receio que não sobreviva a uma nova onda muito semelhante, agora pela extrema direita.

Os problemas do Brasil só serão enfrentados e resolvidos com diálogo, conhecimento, vontade de realizar e capacidade de liderança. Não podemos nos arriscar a navegar por águas desconhecidas. É hora de serenidade e competência. Não é hora de inventar moda.

Não tem super-herói. Não tem mágica. Não se governa o Brasil com frases de efeito ou bordões.

Por isso o PRB decidiu apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Alckmin representa, hoje, a única voz serena e um ponto de equilíbrio no meio de tantos arroubos, gritarias, paixões e contendas. Alckmin personifica a competência aliada à capacidade de dialogar com os opostos. É o que o Brasil mais precisa hoje.

Mas, Alckmin, quero aqui recordar um fato e ao mesmo tempo fazer um alerta quanto à postura do PRB em relação a um eventual governo seu. 

Em 2014, quando por uma sucessão de fatores nós decidimos apoiar a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, naquele ano, durante a Convenção do PRB, deste mesmo modo que faço hoje, eu alertei para as condições da manutenção do nosso apoio durante o governo.

Está registrado no portal do PRB e no meu site, para quem quiser consultar, meu discurso completo no qual eu cobrava um espaço à mesa, como aliado, para decidirmos juntos as políticas de governo. Isso nunca aconteceu. 

Eu disse naquele ano: 

(abre aspas) “Antes de qualquer coisa, é preciso dar atenção especial à economia brasileira. Não podemos permitir que a inflação chegue a patamares de 20 anos atrás e comprometa o crescimento. Ouvir outras opiniões é fundamental na construção da política econômica do país. E o PRB quer integrar essa discussão.” (fecha aspas)

A então presidente sequer deu ouvidos aos seus próprios companheiros de partido, ignorou até mesmo o seu criador, e a inflação passou dos 10% em 2016.

Eu disse também naquele meu discurso:

(abre aspas) “Precisamos investir pesado na infraestrutura do país. O brasileiro quer e merece serviços públicos eficientes. O governo precisa se comprometer a modernizar e a desburocratizar a máquina administrativa. Em vez de ser um entrave ao desenvolvimento, a gestão pública deve se colocar como mola propulsora. O PRB quer e pode contribuir.” (fecha aspas)

O que Dilma fez? Encastelou-se e ignorou as forças políticas e produtivas do País.

E em 2014 eu encerrei meu discurso assim:

(abre aspas) “Seguiremos aliados, porém não alienados. Seremos parceiros, nunca subservientes. Queremos participar das decisões do governo e ajudar a governar o Brasil com críticas construtivas. Estamos dispostos a enfrentar conjuntamente os desafios que virão, com trabalho e dedicação. Continuaremos votando a favor do povo sempre com ética e respeito à coisa pública. É hora de avançar!” (fecha aspas)

O restante do enredo todos nós conhecemos… (em tom de ironia)

Geraldo Alckmin: tudo que eu disse há quatro anos eu vou repetir aqui:

O PRB quer e pode contribuir com o seu governo. Queremos trabalhar para recuperar nossa economia. Estamos dando nossa contribuição hoje mesmo no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, onde também permaneci como ministro por 20 meses. Fizemos grandes coisas por lá.

Queremos resgatar a credibilidade da política e ajudar a escrever uma nova história para um novo Brasil que começa agora. É nisso que eu particularmente acredito.

O PRB elegerá uma bancada mais robusta tanto de deputados federais como de senadores, além de deputados estaduais por todo o Brasil, o que dará ainda mais força ao nosso partido, que terá uma capacidade maior de contribuir.

Nunca se esqueça, Alckmin, que nós do PRB fomos fundamentais para conduzir os partidos do Centro Democrático à sua candidatura.

Conte com o PRB, conte comigo, que pela primeira vez me lanço como candidato a deputado federal. Quero, daqui da Câmara, se o povo de São Paulo me eleger, junto com meus colegas republicanos, ajudar a você como presidente na construção de leis importantes para o nosso País.

Que Deus abençoe o Brasil.

Obrigado!

Marcos Pereira – presidente nacional do PRB e ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Foto: Carlos Gonzaga – especial para a Agência PRB Nacional

 

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