Eduardo Lopes criticou resolução estadual que proíbe pesca com redes e tarrafas em lagos.
Publicado em 9/4/2014 - 00:00
O ministro esteve na região para abrir os trabalhos do 13º Simpósio Estadual de Aquicultura
Londrina (PR) – O ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes (PRB), foi recepcionado ainda no aeroporto por várias autoridades políticas e empresariais, entre elas o sempre deputado federal e presidente do PRB Paraná, Oliveira Filho; o deputado estadual Edson Praczyk (PRB-PR); o vereador Emanoel Gomes (PRB-PR); e José Antônio Faria de Brito, superintendente do Ministério da Pesca no Estado do PR.
O ministro esteve na região para abrir os trabalhos do 13º Simpósio Estadual de Aquicultura e Piscicultura promovido pela Associação Norte Paranaense de Aquicultura (ANPAQUI), com apoio da Emater e Sociedade Rural do Paraná, dentro da ExpoLondrina, uma das maiores Feiras Agropecuárias das Américas. Na oportunidade, Lopes lançou os editais de concorrência para a concessão de áreas aquícolas de domínio da União em Canoas 1, Capivara e Taquaruçu, no interior e em Laranjeiras e Guaraqueçaba, no Litoral.
Já na sociedade rural foi recebido prefeito de Londrina, Alexandre Kireef; pelo presidente da ANPAQUI, João Paulo Vasconcellos; pelo diretor presidente da Sociedade Rural Moacir Norberto Sgarioni; pelo diretor vice-presidente, Octávio Cesário Pereira Neto “Vico”; e pelo diretor de Aquicultura e Melhoramento Genético, Ricardo Neukirchiner.
O prefeito Alexandre Kireeff destacou a importância da aquicultura e piscicultura para alavancar o crescimento econômico e social de todo o norte do Paraná, bem como, ratificou ao ministro Eduardo Lopes e todos os aquicultores e piscicultores que irá fazer o possível e o impossível para o desenvolvimento dessa importante atividade.
O ministro destacou os avanços já obtidos pelo setor na gestão do seu antecessor, senador Marcelo Crivella, e exemplificou que o consumo médio de peixe per capta no Brasil saltou de 9kg em 2010 para 17 kg em 2013, ou seja, praticamente dobrou. Lopes informou em primeira mão que serão licitadas novas áreas para a exploração da atividade aquícola. Segundo ele, só o projeto de Itaipu vai acrescer 400 mil toneladas peixe/ano à produção do Paraná, que atualmente é de 100 mil toneladas, ou seja, haverá um avanço exponencial da atividade no estado. O ministro observou também que com isso o Paraná passará a ser o maior estado produtor, considerando que a produção nacional atualmente é de 900 mil ton/ano.
O ministro disse ainda que vai acompanhar de perto o porquê dos recursos do Plano Safra da Aquicultura, que montam a cifra de R$ 4,5 bilhões, não estão sendo liberados, desses apenas R$ 800 milhões o foram até agora. “De que adianta ter R$ 4,5 bilhões se o dinheiro não chega onde precisa, ou seja, nas mãos daquele que vai investir e fazer crescer a atividade, que é o piscicultor, o aquicultor, o pescador. Por isso, vamos fazer os recursos serem liberados e de forma rápida”, disse o ministro, que na ocasião entregou simbolicamente cheques referentes aos recursos liberados aos produtores/piscicultores da represa Capivara do Rio Paranapanema.
O ministro demonstrou indignação com a resolução 017/2014, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Paraná, que proibiu a pesca com redes e tarrafas em lagos, reservatórios e represas do Paraná. Ele considerou arbitrária e ilegal, haja vista que tal normativa é de competência da União Federal. Lopes disse aos pescadores que, ou a Secretaria estadual corrige o equívoco ou entrará imediatamente com as medidas judiciais a fim de proteger o sustento dos pescadores.
Em seguida, inaugurou um dos maiores aquários do Brasil na Casa do Piscicultor, dentro da Sociedade Rural. Depois, se dirigiu à cidade Alvorada do Sul, onde conheceu um dos maiores parques aquícolas do País, na represa Capivara no Rio Paranapanema, almoçou com aquicultores, piscicultores e lideranças de toda a região, e experimentou as delícias da culinária baseada na tilápia.
Texto: Edson Marcos de Oliveira / Ascom – PRB Paraná
Foto: Ascom – MPA
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