Saúde da mulher é tema de audiência na Assembleia do Pará

Debate foi proposto pela deputada estadual Professora Nilse (PRB-PA)

Publicado em 3/6/2019 - 00:00 Atualizado em 3/7/2020 - 09:15

Belém (PA) – Por iniciativa da deputada estadual Professora Nilse (PRB-PA), a Assembleia Legislativa do Pará promoveu, na sexta-feira (31), audiência pública para debater a saúde da mulher em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e ao Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna, celebrado no dia 28 de maio.

A republicana é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Direito do Consumidor. Para ela, o debate foi um importante espaço para conhecer as demandas na área de saúde e buscar a interlocução com o poder público de ações em prol do público feminino. “Acredito que esse momento é uma interface entre o Legislativo e a sociedade civil. Com isso, a nossa proposta é tratar de políticas específicas para as mulheres e que venham trazer resultados. Precisamos com a máxima urgência de ações de melhorias para os serviços oferecidos às mulheres e a criação de leis preventivas e assistenciais à saúde”, disse Nilse ao frisar que o Pará carece de uma secretaria estadual para defender os direitos da mulher.

Saúde da mulher é tema de audiência na Assembleia do Pará

A presidente da ONG Movimento pela Vida, Eliana Rodrigues, de 55 anos, participou de debate a elencou sua trajetória e dificuldades para tratamento contra o câncer. “Somos desprezadas pela sociedade e poder público. Só consegui realizar o tratamento para a doença via judicial. Espero que essa causa sensibilize o governo, os deputados e que sejam criadas leis no sentido de promover um tratamento diferenciado aos pacientes com câncer, porque nos colocam em filas com outras pessoas com doenças graves sem se importar que estamos com baixa imunidade”, pontou.

Durante a audiência pública, os participantes elencaram alguns encaminhamentos para a composição de políticas públicas futuras como: programas de tratamento diferenciado aos portadores de câncer; atendimento sem filas às pessoas com câncer; a atendimento religioso nas internações hospitalizadas, respeitando as crenças individuais; acompanhamento fisioterápico e terapia ocupacional gratuita aos pacientes em tratamento de câncer; além de da possibilidade de partos qualificados às mulheres cadeirantes e a promoção de audiências públicas regionalizadas.

“Saímos daqui com pautas de maior abrangência, com propostas de fazer audiências regionais. Precisamos avançar nessa questão da saúde para a mulher. Vamos apresentar projetos de indicação ao Governo do Pará porque ainda não temos uma Secretaria Especial da Mulher”, concluiu a parlamentar.

Estatísticas

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a região Norte lidera os números nos casos de câncer uterino, sendo esse o que mais provoca a morte entre as mulheres. De 2009 a 2016, foram mais de 2.537 casos de câncer do colo de útero. A maior incidência da doença é diagnosticada entre mulheres de 30 a 45 anos de idade. Em seguida, o câncer de mama é o que mais afeta as mulheres. No interior do Pará, por exemplo, a cada grupo de 100 mil pessoas, 17 são acometidas com a doença, enquanto na capital o número sobe para 44.

Texto e fotos: Rita Martins / Ascom – deputada estadual Professora Nilse
Edição: Ascom – PRB Mulher Nacional

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