Relatório aponta situação dos municípios sem acesso asfáltico

O documento de 108 páginas traçou um panorama das estradas nas diversas regiões do estado

Publicado em 17/8/2016 - 00:00

Relatório aponta situação dos municípios sem acesso asfáltico
O documento de 108 páginas traçou um panorama das estradas nas diversas regiões do estado

Porto Alegre (RS) – Foi aprovado nesta terça-feira (16) por unanimidade na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, o relatório lido pelo deputado Sergio Peres (PRB), presidente da subcomissão que tratou da situação dos municípios sem acesso asfáltico no Rio Grande do Sul. Elaborado pelo parlamentar, o documento de 108 páginas traçou um panorama das estradas nas diversas regiões do estado, identificou situações apresentadas por representantes das comunidades e apontou soluções encaminhadas ao Poder Executivo Estadual.

É um tema que sempre despertou meu interesse. Nasci no município de Caraá, que enfrenta muitos transtornos em função da falta de acesso adequado a Santo Antônio da Patrulha. Desde criança acompanho as mazelas que esse problema provoca na qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento das cidades”, justificou Peres.

Dos 79 municípios sem acesso asfáltico registrados na instalação da subcomissão em março, Peres lembrou que hoje são 74, já que foram concluídos trechos em Esmeralda e Santa Cecília. Também foram assinados contratos para início das obras no trevo de Capela de Santana e para a retomada dos trabalhos no acesso ao município de Sério, na rodovia 421. O trecho entre Capitão e Arroio do Meio, no Vale do Taquari, também deverá receber recursos da CIDE, garantindo a continuidade das obras.

No caso de Caraá, o deputado comemorou a notícia de que ainda nesse semestre será dado início às obras de 1,5 km de acesso ao município, que tem como base econômica a agricultura familiar. De acordo com Peres, os obstáculos ao crescimento econômico são incontestes. “Soma-se à dificuldade de ir e vir, a poeira tóxica causada por uma obra asfáltica interrompida tem comprometido a saúde dos moradores, que mesmo durante o verão são obrigados a manter portas e janelas das residências fechadas”, lembrou.

A subcomissão teve acesso ao levantamento realizado pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER) acerca do cronograma de realização das obras em todo o Rio Grande do Sul. A partir das informações fornecidas, foram verificadas quais estavam em andamento, quantos e quais municípios ainda permaneciam sem acesso asfáltico, a previsão de recursos, bem como o custo das obras.

Duas audiências públicas foram realizadas, pautadas essencialmente por temas como investimentos, desenvolvimento econômico das localidades e saúde da população.

Em abril, um encontro em Santa Maria debateu os problemas enfrentados pelos municípios da região central, ocasião em que foram ouvidos prefeitos, vereadores e lideranças das comunidades, que entregaram ao deputado requerimentos solicitando atenção aos casos. As lideranças reclamaram do mau aproveitamento do potencial turístico das localidades em função da dificuldade de trafegabilidade, dos custos de manutenção de veículos que fazem transporte de pacientes, dos entraves ao desenvolvimento econômico e da falta de prevenção de acidentes, especialmente nos trechos de peraus, como é o caso de Ivorá, onde há risco de desmoronamentos e isolamento dos moradores.

Sobre a região central, Peres defendeu que é fundamental que sejam consideradas as particularidades geográficas de cada área por meio de estudos topográficos, a fim de identificar a melhor solução para cada município, contemplando especificidades locais.

O tema voltou a debate em maio na Assembleia Legislativa, com a presença de autoridades municipais, parlamentares e representantes do governo do Estado. Peres ponderou que são conhecidas as dificuldades financeiras do Estado, mas que a população dos municípios que não têm acesso pavimentado já está cansada de aguardar e está perdendo as esperanças de ver o asfalto chegar ao seu município. “Também vemos que os jovens estão saindo de suas cidades em busca de educação e emprego em locais com facilidade de acesso e desenvolvimento”, observou.

O parlamentar frisou que da estrada depende a situação das riquezas do Estado, infraestrutura essencial para o desenvolvimento dos municípios e para o bem-estar das comunidades.  “Além disso, é preciso ter zelo com a vida das pessoas. Estradas em más condições de pavimentação e de sinalização são cenário de acidentes fatais. A população se ressente também porque o transporte escolar e muitas ambulâncias circulam pelas estradas gaúchas. Nesse caso, a precariedade da rodovia atrasa atendimentos de urgência”, alertou.

Sergio Peres enalteceu a postura do governo do Estado, que tem demonstrado empenho para que as obras em andamento sejam concluídas e reiterou o esforço do Parlamento gaúcho em acolher demandas das regiões e buscar alternativas. “Essa união de forças e essa vontade de que tudo se resolva nos deixa otimistas e contentes, pois os debates promovidos pelo Poder Legislativo gaúcho, por meio do trabalho da Comissão de Assuntos Municipais, por esta subcomissão e também pela comissão especial para analisar o tema, presidida pelo deputado Gilmar Sossela, já estão colhendo bons resultados para as comunidades”, reconheceu.

Texto: Karine Bertani / Ascom – Deputado estadual Sergio Peres
Foto: Vinicius Reis

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