Jutay Meneses alerta sobre mortalidade materna na Paraíba

Segundo o parlamentar, nos últimos dez anos, 332 mulheres morreram vítimas de mortalidade materna na PB

Publicado em 29/5/2018 - 00:00

Segundo o parlamentar, nos últimos dez anos, 332 mulheres morreram vítimas de mortalidade materna na PB

João Pessoa (PB) – Nos últimos dez anos, 332 mulheres morreram vítimas de mortalidade materna na Paraíba. Em Alagoas, estado pequeno e também considerado pobre, foram 279 mortes, 53 a menos que as registradas nos municípios paraibanos. Os números foram apresentados pelo deputado estadual Jutay Meneses (PRB-PB), nesta segunda-feira (28), Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna, e foram levantados junto ao Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O que mais causa revolta é que a maior parte dessas mortes poderia ser evitada com a realização de um pré-natal bem feito. O que proponho é uma política estadual de enfrentamento da mortalidade materna, que passa por uma pactuação com os municípios. Essa é uma responsabilidade de todos. Não podemos permitir o jogo de empurra, temos que acabar com a ‘ambulancioterapia’, quando as grávidas estão com problemas no parto elas são enviadas para os centros maiores e isso agrava a situação delas”, disse.

A morte materna ocorre durante a gestação ou 42 dias após o parto, quando as mulheres são acometidas por doenças obstétricas, em razão da gestação, ou por complicações de doenças pré-existentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de morte materna são as seguintes: hemorragia grave (especialmente durante e depois do parto) – 27%; hipertensão na gestação- 14%; infecções – 11%; parto obstruído e outras causas diretas – 9%; complicações de abortos – 8%; e coágulos sanguíneos (embolias) -3%.

A Pastoral da Criança aponta cinco pontos que podem reduzir a mortalidade materna, sendo eles: realizar o pré-natal, isto é, ir a todas as consultas e realizar todos os exames necessários; organizar o plano de parto; melhorar a assistência de pré-natal de baixo e alto risco e o atendimento nos serviços de saúde e maternidades; acompanhamento das mulheres no pós-parto; criar Comitê de Mortalidade Materna para investigar os casos; e ter profissionais capacitados para um atendimento humanizado no pré-natal, parto e pós-parto.

Texto e foto: Ascom – deputado estadual Jutay Meneses

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