José de Arimateia promove mobilização pelos hospitais psiquiátricos da Bahia

O parlamentar destaca que os hospitais psiquiátricos devem ser requalificados e não fechados, pois, segundo ele, deixariam 60 mil pacientes sem a assistência

Publicado em 2/11/2017 - 00:00

José de Arimateia promove mobilização pelos hospitais psiquiátricos da Bahia
Arimateia destaca que os hospitais psiquiátricos devem ser requalificados e não fechados, pois, segundo ele, deixariam 60 mil pacientes sem a assistência

Salvador (BA) – O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins da Bahia, deputado estadual José de Arimateia (PRB), realizou, na terça-feira (31), uma ação em favor das instituições médicas do segmento da capital baiana. A mobilização, que reuniu mais de 300 pessoas aconteceu, primeiramente no Juliano Moreira e em seguida no Hospital Especializado Mário Leal, ambos localizados em Salvador. O republicano já realizou duas mobilizações semelhantes em favor do Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto, em Vitória da Conquista, e do Hospital Especializado Lopes Rodrigues, em Feira de Santana.

O gesto simbólico contou com a presença da Frente Parlamentar da Saúde Mental e Prevenção do Suicídio da Câmara Municipal de Salvador, pacientes, familiares, autoridades, instituições envolvidas com o setor, funcionários e profissionais de saúde.

O parlamentar acredita que os hospitais psiquiátricos devem ser requalificados e não fechados, pois, segundo ele, deixariam 60 mil pacientes sem a assistência específica. Para o deputado, quando se trabalha em defesa de uma causa de forma integrada, a vitória se torna mais vertiginosa e justa. “O governo da Bahia precisa trabalhar em sintonia com o povo, porque embora as autoridades tenham a caneta na mão é necessário agir com cautela e cuidado, pois estamos lidando com seres humanos. Estamos aqui hoje, porque somos contra a desassistência, ou seja, contra o fechamento dos hospitais psiquiátricos da Bahia”, explicou Arimateia.

Durante a ação, a presidente da Associação de Apoio a Familiares, Amigos e Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais da Bahia (Afatom-BA), Rejane de Oliveira, os hospitais psiquiátricos são instrumento de atendimento no estado da Bahia. No ensejo, Rejane se posicionou firmemente contra o governo do estado, que segundo ela, está jogando a responsabilidade para as famílias dos pacientes. “Estamos falando de instituições que salvam vidas. Queremos a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) como complemento e não substituto. É preciso salientar que a Lei 10.216/2001, também conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, determina o atendimento de qualidade não a desativação do serviço”, disse, enfatizando que atualmente nove mil leitos já foram retirados na Bahia.

Presente no “Abraçaço”, a paciente Marina Barbosa, 61 anos, contou emocionada, que desde os nove anos descobriu a epilepsia, e há 16 anos faz tratamento no Hospital Especializado Mário Leal. Ela demonstrou preocupação com o tratamento contínuo, assistência e apoio, caso ocorra o fechamento da unidade, pois faz a ingestão de dois medicamentos, a Carbamazepina e a Risperidona, que são retirados diariamente na farmácia da referida instituição. “Aqui, encontro amparo. Será uma catástrofe para nós pacientes, que iremos encontrar portas fechadas e para a comunidade baiana, pois encontrará nas ruas pessoas em surto sem assistência e ajuda médica”, disse.

Texto: Ludmilla Cohim / Ascom – deputado estadual José de Arimateia
Fotos: Cris Oliveira

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