Carlos Gomes destaca que logística reversa de medicamentos ainda não saiu do papel

Deputado do PRB promoveu debate na Câmara para tratar da logística reversa do setor de medicamentos no Brasil

Publicado em 21/11/2018 - 00:00

Deputado do PRB promoveu debate na Câmara para tratar da logística reversa do setor de medicamentos no Brasil

Brasília (DF) – “É mais barato enterrar um medicamento usado do que doá-lo”, a afirmação do presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Nelson Mussolini, foi proferida, nesta terça-feira (20), durante audiência pública, proposta pelo deputado federal Carlos Gomes (PRB-RS), para tratar da logística reversa do setor de medicamentos no Brasil. Segundo Mussolini, ao entregar voluntariamente os remédios, a indústria tem que pagar novamente os tributos referentes aos produtos.

O encontro, em Brasília, reuniu integrantes do poder público, da indústria e das redes de farmácias. “Somos o sétimo país do mundo em vendas de medicamentos. No ano passado, esse mercado, que conta com 70,4 mil drogarias no Brasil, movimentou aproximadamente R$ 60 bilhões, mas um estudo da IMS Health, empresa especializada em informações do setor, revela que somente entre 10% e 20% do que comercializado é descartado adequadamente”, alertou o deputado Carlos Gomes, que preside, em nível nacional, a Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem.

Carlos Gomes destaca que logística reversa de medicamentos ainda não saiu do papel

Representante do Ministério do Meio Ambiente, Marília Viotti, destaca que existe um decreto editado pela Presidência da República para instituir a logística reversa de medicamentos descartados pelo consumidor. A medida está em fase de consulta popular e compartilha a responsabilidade pela destinação final dos materiais entre importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores, de acordo com o texto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). “Infelizmente, essa foi a atitude a ser tomada após a falta de consenso entre todos os atores da área”, lamentou.

Para o assessor da presidência da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os governos precisam cumprir a sua parte e criar mais aterros sanitários para que os medicamentos não tenham como fim os lixões. Mas nem todo remédio tem que ser enterrado ou incinerado. É o que acredita a idealizadora do projeto Farmácia Solidare, desenvolvido pela Prefeitura de Farroupilha, a deputada estadual eleita Fran Somensi (PRB).

Carlos Gomes destaca que logística reversa de medicamentos ainda não saiu do papelO programa recebe doações de medicamentos, faz a triagem e redistribui gratuitamente aqueles que ainda podem ser utilizados, além de enviar para o descarte correto os que não servem mais. Em três anos, mais de dez mil pessoas foram beneficiadas o que evitou um gasto de R$ 1,4 milhão da administração local. “Por meio dessa corrente do bem, já foi possível tocar positivamente a vida de muita gente, ao garantir tratamento de qualidade e contribuir ambientalmente para a evolução da nossa sociedade”, ressaltou Fran.

Também participaram do encontro o prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, e o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores do município, Tiago Ilha (PRB).

Texto: Jorge Fuentes / Ascom – deputado federal Carlos Gomes
Fotos: Douglas Gomes

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