Audiência pública debate o setor energético no Brasil

Diretor da ANP foi o convidado da audiência pública na Comissão de Minas e Energia (CME), solicitada pelo presidente do Colegiado, deputado federal Silas Câmara (PRB-AM)

Publicado em 10/7/2019 - 00:00 Atualizado em 1/7/2020 - 17:30

Brasília (DF) – O diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, participou de audiência pública na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, na terça-feira (9). O evento teve o objetivo de debater a atuação da autarquia e aconteceu por iniciativa do presidente do colegiado, deputado federal Silas Câmara (PRB-AM), e dos deputados Léo Moraes, Christino Aureo e Arnaldo Jardim.

Silas Câmara explica o porquê do evento e comenta a relevância do setor para o crescimento do Brasil. “Pelo comportamento do mercado, percebemos claramente que os principais movimentos econômicos do país estão justamente na área de energia, gás e petróleo. A expectava é muito grande, inclusive do governo”.

Durante sua explanação, Décio Oddone argumentou que os preços altos de combustíveis desconectam o Brasil em relação ao mercado mundial e dificultam investimentos. “Esse alinhamento de valores é fundamental para o sucesso e integração da indústria brasileira às cadeias produtivas globais”. O diretor da agência defende que é preciso promover uma competição justa para os preços caírem, e, por isso, a ANP tem trabalhado no combate à sonegação de impostos e fraudes tributárias.

Oddone também falou sobre o Pré-Sal, que, segundo ele, até 2030, deve gerar R$ 1,7 trilhão em investimentos na indústria de exploração de petróleo e gás. “A arrecadação potencial, até 2054, é estimada em mais de R$ 5,6 trilhões e as verbas que as empresas destinam à pesquisa, desenvolvimento e inovação, que hoje são quase R$ 2 trilhões, podem chegar à média de R$ 3 trilhões”, disse.

Para Oddone, o Brasil está vivendo uma “absoluta mudança” de patamar na exploração de petróleo. “A produção, atualmente na faixa de 2,7 milhões de barris por dia, pode chegar aos 7 milhões. As exportações, que estão na média de 1 milhão de barris por dia, devem alcançar mais de 4 milhões, além da criação de 60 novas plataformas de petróleo, gerando emprego de alta qualidade, com remunerações de quatro a sete vezes maiores do que a indústria convencional”, ressaltou.

Silas Câmara observou o interesse do colegiado em buscar diálogo com o Executivo e contribuir para a Legislação do segmento no sentido de impulsionar o mercado. “É de interesse da Comissão de Minas e Energia saber quais serão os próximos passos do setor e as medidas do governo para fomentar o desenvolvimento”, finalizou.

Texto: Fernanda Cunha, com edição de Mônica Donato / Ascom – Liderança do PRB
Foto: Douglas Gomes

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