Alta taxa de juros é tema da CPI dos cartões de créditos

Senador Eduardo Lopes alerta sobre a falta de regulamentação dos direitos dos consumidores no que diz respeito à transparência nas informações dos juros 

Publicado em 10/5/2018 - 00:00

Alta taxa de juros é tema da CPI dos cartões de créditos
Senador Eduardo Lopes alerta sobre a falta de regulamentação dos direitos dos consumidores no que diz respeito à transparência nas informações dos juros 

Brasília (DF) – O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) destacou, nesta quarta-feira (9), as ações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trata dos juros dos cartões de crédito no praticado pelo sistema financeiro brasileiro. Para o senador, qualquer cidadão sabe o verdadeiro descalabro das taxas de juros de cartões de créditos praticadas pelos bancos. E não somente pelos bancos, mas também pelas lojas que detêm também o seu próprio cartão.

A taxa média paga pelo consumidor nessa modalidade é de 233,8% ao ano, segundo Lopes. “Isso significa que a pessoa começa o ano devendo R$1 mil, e, doze meses depois, ela está com uma dívida de R$3.338. Se passar outro ano sem pagar, sua dívida vai alcançar a cifra de R$11 mil”, destacou o senador.

A CPI realizou uma audiência pública com entidades representantes dos usuários finais, consumidores e lojistas, com o objetivo de falar sobre os juros praticados pelas operadoras de cartão de crédito. “Um dos principais motivos apontados na reunião para essa cobrança absurda de juros, seria a ausência de concorrência no Brasil. Existe uma verticalização bancária: há um conjunto de cinco bancos no Brasil que detêm 94% do crédito privado”, disse Lopes.

Para o senador do PRB, existe a falta de regulamentação dos direitos dos consumidores no que diz respeito à transparência nas informações dos juros e à dificuldade de informações para encontrar juros mais baixos. Lopes disse ainda que 88% das pessoas que têm cartão de crédito pagam sua fatura à vista, ou seja, apenas 12% da população recorrem ao crédito rotativo. “Não pode ser utilizada como argumento para essa alta taxa de juros a inadimplência, já que nos últimos dez anos ela é estável”, defendeu o parlamentar.

Em países com economias mais parecidas com a do Brasil, como por exemplo a Argentina, Chile e Colômbia, os juros não passam de 50% ao ano. “Nós temos que defender o consumidor brasileiro. Vamos tratar dos problemas desses juros abusivos praticados pelas operadoras, pelo sistema financeiro, pelas lojas, no que diz respeito ao crédito rotativo, ao cartão de crédito e também aos cheques especiais”, enfatizou Eduardo Lopes.

Texto: Júnior Laurindo / Ascom – senador Eduardo Lopes
Foto: Roque de Sá

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