A modernidade tem sido, para muitos trabalhadores, um obstáculo. Mas é preciso se reinventar.
Publicado em 30/4/2018 - 00:00
Atualizado em 9/6/2020 - 15:03
Nesta semana, em que comemoramos o Dia do Trabalho, mergulhei no tempo em que trabalhava como metalúrgico em Santo André, em São Paulo. Fui torneiro ajustador e retificador durante nove anos. Lembrei dos companheiros com quem dividia as tarefas, as alegrias, as insatisfações, as reivindicações. Embora a minha rotina de trabalho fosse exaustiva, eu desempenhava as tarefas com satisfação. Quando batia o desânimo, eu lembrava dos conselhos do meu pai: “Eduardo, estude para que você seja alguém na vida. Não posso lhe dar nada, mas estude para não ser um fracassado”, repetia constantemente o ‘seu’ Dito.
Estudei bastante com o objetivo de aperfeiçoar o meu trabalho. Aprendi a lidar com pessoas e a influenciá-las positivamente. Creio que ali começou a minha história na política, ainda que instintivamente. Eu sempre estava nas rodas de discussão, levava à chefia as reivindicações dos colegas. A liderança nata e a predisposição em ouvir faziam com que eu fosse o porta-voz daquele grupo. Nossas queixas muitas vezes foram ouvidas, por vezes não. Passei a entender a importância de se colocar no lugar do outro, não somos os donos da verdade.
Hoje entendo que o debate elucidativo é a melhor forma de mudança para questões que parecem sem solução. O dia 1° de Maio e esta semana dedicada ao trabalhador, merecem ser de confraternização, mas que as injustiças sofridas pelos trabalhadores não sejam esquecidas, bem como o dever de cada um em buscar meios para melhorar.
A modernidade tem sido, para muitos trabalhadores, um obstáculo. Não há como conter a evolução, hoje o trabalho é centrado em sistemas tecnológicos, e que dependem do conhecimento do profissional qualificado. As empresas têm a produção centrada em sistemas tecnológicos, isso demanda conhecimento. Há como conter essa mudança?
Estamos falando de sistemas que usam a inteligência artificial, sistemas em que aplicativos on-line substituem pessoas, o que não quer dizer que elas estejam fora do mercado de trabalho, mas é preciso se reinventar.
O mesmo se aplica ao nosso trabalho. Independente do trabalho que realizamos, do corpo a corpo nas ruas, se a campanha política na internet já é uma realidade, por que haveríamos de fazê-la de forma inconsequente e sem nos preocupar com os resultados? É fato que, dependendo da forma, poderá ter resultados negativos, com consequências muitas vezes irreparáveis. Da mesma forma, um trabalho coerente, cauteloso e focado trará resultados positivos.
Somos um partido moderno e focado nas novas oportunidades, e isso faz parte do nosso projeto para crescimento do país.
Desejo a todos que fazem parte do Partido Republicano Brasileiro (PRB) uma semana de muita alegria e trabalho. Estamos juntos na propagação da verdade porque nada poderá tumultuar o processo da retomada do crescimento do nosso país.
Que todos nós, trabalhadores, possamos lutar pelos direitos do cidadão brasileiro. Podemos sim, mudar a situação do trabalhador para que o nosso Brasil seja um país em que o crescimento e as oportunidades sejam reais, o que depende não só dos governantes, patrões ou entidades, mas de cada um de nós. Sigamos juntos.
Senador Eduardo Lopes
Presidente Nacional do PRB (Exercício)