O meio ambiente é um grande negócio

Artigo escrito por Flávio Rocha, empresário e pré-candidato à Presidência da República pelo PRB

Publicado em 18/6/2018 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 12:12

A lógica do confronto entre empreendedores e ambientalistas já é coisa bem ultrapassada. O momento é de grandes negócios com o meio ambiente preservado. As nossas florestas valem muito mais em pé do que derrubadas, para simplesmente extrair madeira.

Uma legislação meramente punitiva ao empreendedor leva em conta uma realidade do período extrativista, uma economia antiga e totalmente superada. Estamos na era da biotecnologia.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dados consistentes sobre a matéria. Até 2030, biotecnologia deve contribuir com US$ 1 trilhão/ano para economia mundial. De acordo com a instituição, os setores ficarão divididos assim: saúde (US$ 260 bilhões/ano), produção primária (US$ 380 bilhões/ano) e industrial (US$ 420 bilhões/ano). Em relação a produtos farmacêuticos, a instituição prevê que 80% da produção seja feita a partir do desenvolvimento de biotecnologia.

A atividade de setores do judiciário e até de organizações não governamentais precisa ser sensível à necessidade do desenvolvimento sustentável do século 21. É preciso estar alinhado com as tecnologias de ponta de todas as áreas.

O caso mais evidente é o do turismo. De acordo com o Ministério do Turismo, a geração de empregos é uma vocação do setor. O turismo gera pelo menos 7 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. Globalmente, 1 a cada 5 empregos foram gerados neste setor em 2017. Porém, temos apenas 10 milhões de visitantes em nossos parques nacionais. Insegurança jurídica e o custo Brasil impedem um crescimento mais vigoroso do setor.

Essa mesma lógica vale para a nossa agricultura e geração de energia. Somos um país singular nessas áreas, com uma riqueza invejada pelo restante do mundo. Temos elevada produção de energia limpa e uma das agriculturas mais sustentáveis do planeta.

A Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal e todos os nossos ecossistemas não podem ser santuários desconhecidos e isolados. Precisam ser protegidos, sim, mas se tornar também escolas naturais para o desenvolvimento e a prosperidade das futuras gerações.

*Flávio Rocha é empresário e pré-candidato à Presidência da República pelo PRB

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