Na mira

Artigo escrito por Wagner Montes, deputado estadual pelo PRB Rio de Janeiro e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)

Publicado em 29/11/2016 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 13:56

Aconteceu de novo! Mais policiais mortos em serviço. Até quando vamos continuar lendo isso? Até quando pais de família, filhos, irmãos e amigos vão continuar morrendo em vão nessa guerra sem fim? É inaceitável. Quem disser que não vivemos uma guerra civil metropolitana está mentindo. Eles morrem defendendo a gente, eles se expõem por nós, pela população, pela sociedade.

Está na hora de olharmos um pouco para eles e vermos que existe um ser humano dentro da farda. As forças auxiliares, assim como as armadas, são pau para toda obra. Quando dá um problema quem está no fronte e botando a cara são eles. Os caras morrem em serviço e de folga. Infelizmente, são um alvo humano!

Quando a polícia perde um combatente nessa guerra contra a violência, é como se a ‘poliçada’ perdesse um irmão. Nossos policiais batalham todos os dias para manter a ordem. Embora eles às vezes pareçam super-heróis, são de carne e osso e, em certos momentos, precisam de ajuda para continuar na luta. Um em cada três PMs que trabalham em áreas violentas tem sofrimentos mentais por conta do estresse da profissão. A bandidagem não está nem aí. De acordo com os dados mais recentes do ISP (Instituto de Segurança Pública), entre janeiro e setembro de 2016, já morreram mais policiais em serviço do que no mesmo período do ano passado.

Até quando? O número é ainda maior se levarmos em conta os mortos de folga. Ao todo já são mais de 114. Segundo a CPI dos Policiais Mortos, da Assembleia Legislativa (Alerj), entre 1998 e 2016, perdemos 2.183 PMs. Não podemos fechar os olhos para esses números. Não podemos achar que isso é normal e faz parte da profissão que eles escolheram. É extremamente perigoso ser policial aqui no Estado do Rio de Janeiro. E sabe qual é o pior? Eles não são nem um pouco valorizados. Ralam muito, ganham pouco e agora ainda têm o salário volta e meio atrasado. Tá difícil e nada favorável!

*Wagner Montes é deputado estadual pelo PRB Rio de Janeiro e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)

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