Equiparar direitos para o exercício pleno da cidadania

Equiparar direitos para o exercício pleno da cidadania

Artigo escrito por Tia Eron, deputada federal pelo PRB Bahia

Publicado em 7/3/2016 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 14:42

Historicamente, a presença da mulher emerge como um ícone delimitador de transformações e avanços sociais, econômicos e políticos. Foi assim na conquista do voto feminino no Brasil que completou 84 anos. Bem assim, outro marco histórico digno de menção se refere ao dia 08 março, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher.

Esses e tantos outros registros históricos trazem a gênese do que atualmente chamamos de empoderamento feminino, que, respeitadas as diferenças e a peculiaridades de cada momento histórico, não difere do atual, se considerarmos que no foco do movimento permanece a luta pela efetivação de direitos fundamentais e pela utopia de ver extinta toda a desigualdade de gênero nas atividades profissionais, educacionais, sociais e políticas.

As reivindicações ainda são as mesmas, sendo hoje uma das mais precisas a luta por paridade nas disputas eleitorais. No Senado somos 13% do total dos senadores. Na Câmara dos Deputados, não somamos míseros 10%. Índices ínfimos quando comparados a média mundial de 22% nos diversos parlamentos.

Não queremos estar na política pela política. A mulher tem mostrado que deseja sim, participar das principais decisões do país. É cruel e abominável toda e qualquer tentativa de desqualificar nosso potencial, ou até mesmo o uso de artifícios primitivos para incutir a idria de que não gostamos de política e de que mulher não vota em mulher. Por isso, é preciso que façamos de tais datas instrumentos de reflexão plena sobre nossos direitos, e para pontuar que na história brasileira, por muito tempo não se fez, e ainda não se faz, justiça ao papel que a mulher desempenha em todos os espaços da sociedade.

 

*Tia Eron é deputada federal pelo PRB Bahia

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