Dia Nacional da Ciência e Pesquisa Científica

Artigo escrito por Gilvan Máximo, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal

Publicado em 8/7/2019 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 10:55

O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico é celebrado nesta segunda-feira, 8 de julho, e foi instituído pela Lei nº 10.221/2001. Já o Dia Nacional do Pesquisador Científico foi criado pela Lei nº 11.807/2008. São duas homenagens à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada em 8 de julho de 1948. Desde então, esta entidade tornou-se um dos pilares para professores, alunos e pesquisadores de todo o país. O objetivo fundamental desta celebração conjunta é o de destacar a produção científica do país, ao estimular o gosto dos jovens pela ciência e divulgar o saber científico para a sociedade.

Neste contexto, várias atividades são programadas, como feiras de ciência, mostras de filmes, palestras e, principalmente, experiências onde todos podem vivenciar o poder da investigação científica. Os estudantes brasileiros que desejam expor suas descobertas podem fazê-lo na Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) que reúne alunos de todos os estados. O Brasil tem se destacado no meio científico internacional sendo responsável por 13% de tudo o que é pesquisado no mundo. Infelizmente, nem tudo tem sido aplicado e o país aparece em 69º lugar no ranking de inovação mundial (Índice Global de Inovação). No entanto, os brasileiros acreditam na ciência. Essa afirmação foi comprovada na primeira edição do Índice Anual da Situação da Ciência, organizado pelo instituto norte americano 3M em 14 países.

Nesta pesquisa, o país foi o que mais apresentou otimismo em relação a ciência – 52% dos brasileiros gostariam de saber mais sobre o tema, um índice muito superior à média mundial (34%), inclusive entre os mais jovens. Os brasileiros também acreditam que essa área impulsiona a inovação e que o mundo é um lugar melhor graças aos avanços trazidos por ela. Apesar de toda crença, os brasileiros não veem o país avançando na área. Para 74% dos entrevistados, o Brasil está ficando para trás em relação a ciência e para a maioria dos entrevistados – o equivalente a 42% – a causa disso é o financiamento inadequado para a pesquisa científica no país.

Quando se trata de gênero, as mulheres são menos valorizadas nessa área e acreditam que a equidade nas carreiras científicas carece de políticas públicas específicas. Assim, neste tempo ao voltar nosso olhar sobre a ciência na ancestralidade, somo levados a meditar sobre o grande desejo de Platão, 428-348 antes da nossa era, que era “compreender a verdadeira ciência do conhecimento fundamentado apenas na crença”, tendo como principal “preocupação o fluxo da natureza e a questão da mudança permanente das coisas”. O conceito evoluiu com Aristóteles, a “ciência propriamente dita era considerada uma investigação das fontes assumidas pela natureza”.

Os objetos naturais têm certas formas e as mudanças que podem sofrer são limitadas por elas: nada pode provir de nada. Neste 2019, gostaria de lembrar os melhores cientistas da nossa história: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton, Antoine Laurent Lavolsier, Michale Faroday, Charles Darvin, Louis Pasteur, James Clerk Maswell e Nikola Testa. Dentre os cientistas brasileiros que merecem nosso reconhecimento pelo seu trabalho dedicado e diligente em prol da sociedade e da evolução da humanidade, lembramos de Adolpho Lutz, Carlos Ribeiro Justiano das Chagas, Cesare Mansueto Giulio Lattes, Crodowaldo Pavan, Henrique Morize, Johanna Dõbereiner.

Na intenção de cultuar o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico 2019, vamos meditar juntos acerca das frases que nos foram legadas pelos pensadores: A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro (Albert Einstein). A ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da superstição (Adam Smith). Existem muitas hipóteses em ciência que estão erradas. Isso é perfeitamente aceitável, eles são a abertura para achar as que estão certas. (Carl Sagan).

*Gilvan Máximo é secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal

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