Brasileiro sinônimo de trabalhador

Márcio Marinho é deputado federal pelo PRB-BA.

Publicado em 1/5/2015 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 17:14

Hoje, primeiro de maio, comemora-se o Dia do Trabalhador. É uma data que sempre mereceu a atenção de todos os brasileiros, por ser esta uma nação em que o próprio gentílico – brasileiro – se referia a uma atividade profissional das pessoas que estavam ligadas à extração e comércio do pau-brasil na época do Brasil Colônia.

Temos essa herança de trabalhadores que está intrinsecamente ligada à nossa história e não podemos enxergar, como fazem alguns historiadores, apenas aspectos negativos como se esse legado, ao longo dos séculos, não tenha sido transformado em algo positivo. Se somos nascidos em uma nação de trabalhadores que não se envergonham de sê-lo,  podemos nos orgulhar de sermos o que somos, lembrando o próprio Getúlio Vargas: “Trabalhadores do Brasil”!

É o que somos e nos orgulhamos disso. O Brasil não é um país de aristocratas e nem de preguiçosos, mas de cidadãos que o constroem a cada dia com o seu trabalho, digno e honesto e nos reconhecemos como tal.

Sou um desses brasileiros. Nasci em família pobre. Me fiz pedreiro de profissão, como meu pai, pois naquela época era o que tinha ao meu alcance. Mas esse país de brasileiros, sinônimo de trabalhadores, que é o que somos, é uma Pátria Amada e não somos órfãos.

A Câmara dos Deputados discutiu o Projeto de Lei 4330, chamado de PL da Terceirização, em meio a um turbilhão de ideias divergentes e isso é bom e salutar para a Democracia. É na discussão livre e isenta, ouvindo a voz do povo, que chegaremos a um consenso que, longe de agradar a todos, devemos buscar o que melhor atenda à maioria.

Ao votar não à PL da Terceirização, disse sim aos trabalhadores brasileiros, meus iguais, que fazem deste um país digno e não podem perder as conquistas que a Consolidação das Leis do Trabalho, a duras penas, lhes garante.

A  CLT não se constitui em uma legislação dispersa e muito menos genérica. Trata-se de uma conquista profunda que organizou a sociedade brasileira em torno de uma legislação cidadã e humanizada  ao introduzir direitos e regulamentações trabalhistas até então inexistentes e que, na época, parecia uma utopia, tratando detalhadamente da relação entre patrões e empregados e estabelecendo regras importantes que hoje continuam a nortear a vida das empresas e dos trabalhadores de forma bilateral em condições aceitáveis. São conquistas que não podemos perder de vista pois muito mais temos a perder se deixarmos de perceber a importância do equilíbrio fundamental dessas relações no dia a dia da nação brasileira.

*Márcio Marinho é deputado federal pelo PRB Bahia

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