Ireuda Silva é contra machismo em músicas de festejos juninos

Vereadora solicitou mais atenção do poder público para letras de canções que desrespeitem, rebaixem e objetifiquem a mulher durante os festejos juninos

Publicado em 14/6/2019 - 00:00 Atualizado em 7/7/2020 - 12:32

Salvador (BA) – A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (PRB) solicitou mais atenção do poder público para letras de canções que desrespeitem, rebaixem e objetifiquem a mulher durante os festejos juninos. Para a republicana, “já basta que o Brasil seja um dos países que mais agridem e matam mulheres no mundo”.

“Quase todos os festejos juninos, principalmente os do interior, são bancados com dinheiro público. Portanto, é de suma importância que haja consciência para que não sejam contratados artistas e bandas cujas letras desrespeitem e rebaixem a mulher, o que não deixa de ser uma espécie de violência e que estimula tantas outras. Até porque existe no estado uma lei que trata dessa questão, que é a Lei Antibaixaria”, argumentou.

Ireuda menciona um recente dado alarmante: de acordo com o Atlas da Violência, o assassinato de mulheres cresceu acima da média nacional em 2017 – 5,4%, enquanto a taxa geral foi de 4,2%.

“Vivemos um quadro preocupante de aumento dos casos de violência, assédio sexual, estupro, agressões físicas e verbais e feminicídio. Portanto, é inadmissível dar espaço a produções artísticas que estimulem essa que é uma das faces mais nojentas da sociedade. Não se trata de censura, porque a liberdade de alguém termina quando passa a interferir na de outras pessoas. Os atos de violência contra a mulher, em todas as suas formas, não acontecem isoladamente. Há um fio que os une, que é o machismo”, avaliou Ireuda.

Texto e foto: Ascom – vereadora Ireuda Silva

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