Para a vereadora Ireuda Silva, a homenagem é de grande importância social a homenagens às mulheres que lutam contra o preconceito
Publicado em 19/7/2018 - 00:00
Salvador (BA) – A vereadora Ireuda Silva (PRB), vice-presidente da Comissão da Reparação, realiza, no próximo dia 25, mais uma edição do prêmio Maria Felipa, dedicado a mulheres negras que exercem funções destacadas na luta contra o preconceito e em prol da autoafirmação. O evento acontecerá às 18h, no Plenário Cosme de Farias, da Câmara Municipal de Salvador (CMS).
Serão homenageadas 19 mulheres, entre as quais estão a promotora Lívia Vaz, do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação do Ministério Público, a jornalista Rita Batista, a vereadora Marta Rodrigues, D. Ana, Carol Machado, coordenadora do movimento Novas Felipas, e Silvana Saraiva, produtora da Feafro.
No ano passado, foram premiados nomes como as cantoras Margareth Menezes e Virgínia Rodrigues, a esteticista Negra Jhô, a estilista Najara Black, a líder comunitária Rose Meire dos Santos Silva e a pugilista Adriana Araújo.
“Ser mulher não é fácil, ser mulher e negra, menos ainda. Nos últimos meses, temos visto um aumento espantoso de notícias sobre casos de racismo, desrespeito e todos os tipos de agressões contra a mulher, incluindo femincídios. Isso é um sintoma de como a sociedade trata tais minorias”, avalia Ireuda.
Ela também destaca a importância de valorização a mulher. “homenagear mulheres que se destacam na luta contra o preconceito é o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, lembrar que somos peças fundamentais da história do Brasil e da Bahia e que não desistiremos de buscar melhorar nossas vidas”, acrescenta a republicana.
Sobre a data
O dia 25 de julho é o Dia Nacional da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Na Bahia, a referência da luta da mulher negra é da baiana Maria Felipa de Oliveira, que foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica.
Em 1823, ela lutou pela Independência da Bahia ao lado de Maria Quitéria e Joana Angélica, liderando um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.
Texto e foto: Ascom – Vereadora Ireuda Silva
Edição: Agência PRB Nacional
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