Crivella recebe novos residentes dos hospitais e festeja um ano da RioSaúde no Rocha Faria

No mesmo evento, Crivella anunciou a ampliação da oferta de métodos contraceptivos na rede pública da cidade

Publicado em 26/2/2019 - 00:00 Atualizado em 14/7/2020 - 14:54

Rio de Janeiro (RJ) – O prefeito Marcelo Crivella (PRB) abriu nesta segunda-feira (25), em solenidade no Museu do Amanhã, o Programa de Residências em Saúde da Prefeitura do Rio. São 416 novos médicos, enfermeiros e profissionais de saúde mental residentes que chegam para reforçar as equipes dos hospitais e institutos da rede municipal. No mesmo evento, Crivella anunciou, com a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, a ampliação da oferta de métodos contraceptivos na rede pública da cidade. E ainda apresentou um balanço sobre o primeiro ano de gestão da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro (RioSaúde) no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande. No período, o número de atendimentos cresceu, assim como a aprovação da população: 84% dos usuários hoje recomendam a unidade.

“O Rio se engrandece e se dignifica hoje com a presença de centenas de residentes que começam a atuar em nossos hospitais públicos. Também estamos festejando mais de 180 mil atendimentos que foram feitos no Rocha Faria depois que a RioSaúde o assumiu”, destacou o prefeito.

Crivella, em seguida, comentou: “Nossa secretária lançou hoje um programa muito importante, que vai ajudar as mulheres a fazer planejamento familiar com o DIU, o Dispositivo Intrauterino de cobre, que, colocado no útero, evita gravidez indesejada. No Rio nascem 80 mil bebês por ano, uns 50 mil na rede pública, e em mais da metade dos casos as mães não estavam preparadas para engravidar. O DIU é um dispositivo não abortivo, sem contraindicação para a mulher, pode ser usado por dez anos e vai ser colocado nas clínicas de família ou nas maternidades, logo depois do parto, se a mulher assim desejar”.

Melhorias no Rocha Faria

O Hospital Rocha Faria voltou a ser referência na Zona Oeste, após sofrer um choque de gestão com a saída da organização social que o administrava. Em um ano, a RioSaúde fez aumentar o número de atendimentos e a aprovação da população. Foram 182.842 acolhimentos em 2018, com média mensal de internações 66% maior do que em 2017 e 7% mais cirurgias do que no ano anterior. O tempo médio de espera pela consulta caiu para menos de 50 minutos, mesmo padrão da rede privada. E os casos graves são atendidos na hora.

O Rocha Faria ganhou um novo laboratório, com capacidade para realizar até 30 mil exames por mês, uma nova sala de medicação e uma câmara mortuária. O sistema de refrigeração também passou por manutenção, o que permitiu acabar com pontos de mofo que colocavam em risco a saúde de pacientes e colaboradores. A nova administração contratou mais profissionais de diversas áreas de atuação e absorveu os que trabalhavam para a OS que geria a unidade. Atualmente, o hospital conta com 1.100 colaboradores: quase 800 deles trabalhavam na gestão anterior.

Principais medidas adotadas pela RioSaúde:

• Restabeleceu o atendimento em todas as áreas, com médicos, enfermeiros, obstetras, anestesistas e demais profissionais 24 horas por dia;
• Reabasteceu o estoque de medicamentos, insumos e materiais cirúrgicos;
• Todos os processos foram informatizados e os profissionais, treinados;
• Implantou pontos de distribuição de medicamentos e materiais em locais estratégicos dentro do hospital, reduzindo os desperdícios de movimentação, transporte e aumentando o controle;
• Restabeleceu o funcionamento de equipamentos importantes, como o elevador da maternidade e o serviço de ultrassom;
• Reinaugurou a Sala 3 do Centro Cirúrgico;
• Colocou nova sinalização por cores em todos os andares, com o objetivo de melhorar a orientação aos pacientes, acompanhantes e visitantes.

Planejamento familiar

A prefeitura está lançando o Projeto Unidades de Saúde Amigas da Contracepção, parte de seu Programa de Planejamento Familiar. O objetivo é qualificar as unidades municipais para a ampliação da oferta de métodos de longa duração como o DIU. O contraceptivo é um dos principais métodos para quem não deseja engravidar: muito seguro, ele tem longa duração e não é definitivo. Outras vantagens do método são que o DIU de cobre não tem ação no corpo inteiro. A ação é local. Ele não engorda, não está associado a ganho de peso, nem aumento de gordura corporal. Não causa dor de cabeça, não piora a TPM (tensão pré-menstrual). Também não causa infecção, não aumenta risco de doença inflamatória e pode ser utilizado no período da amamentação.

Na cidade do Rio, o material é oferecido pelas unidades de Atenção Primária (centros municipais de Saúde e clínicas da família), além de, em casos específicos, na rede hospitalar, nas maternidades. Para ter acesso, a mulher deve se inscrever no Programa de Planejamento Familiar, oferecido nas 232 unidades de Atenção Primária. A meta é disponibilizar até 50 mil DIUs em dois anos em toda a cidade.

Sobre as residências médicas

São ofertados três tipos de residência: médica; de enfermagem; e multiprofissional em saúde mental. O programa dura de dois a cinco anos, dependendo da área profissional e da especialidade. A Secretaria Municipal de Saúde manteve todos os programas de residência, inclusive com aumento do número de vagas oferecidas, uma demonstração de que a residência é uma das prioridades da pasta. Principalmente por ter importante caráter formador do Sistema Único de Saúde (SUS), tanto na Atenção Primária quanto na Atenção Hospitalar.

Na residência médica, são oferecidas vagas nas seguintes áreas: anestesiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica, cirurgia vascular, clínica médica, coloproctologia, neurocirurgia, oftalmologia, ortopedia/traumatologia, obstetrícia/ginecologia, pediatria, psiquiatria, urologia e medicina de família e comunidade.

Na enfermagem, o programa conta com as especialidades enfermagem em Saúde da Família, obstétrica, clínica e cirúrgica. No caso da residência multiprofissional em saúde mental, ele é voltado para profissionais de assistência social, enfermagem, psicologia e terapia ocupacional.

Texto: Ascom – Prefeitura do Rio de Janeiro
Fotos: Mariana Ramos

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