Crivella lamenta tragédia em São Paulo e cita desocupação de prédio do IBGE no Rio

Todas as 210 famílias cadastradas pela Prefeitura foram incluídas no aluguel social e receberam dois meses adiantados, no valor total de R$ 800

Publicado em 2/5/2018 - 00:00

Crivella lamenta tragédia em São Paulo e cita desocupação de prédio do IBGE no Rio
Todas as 210 famílias cadastradas pela Prefeitura foram incluídas no aluguel social e receberam dois meses adiantados, no valor total de R$ 800

Rio de Janeiro (RJ) – A ação do prefeito Marcelo Crivella (PRB-RJ), de determinar a remoção de famílias que ocupavam de forma irregular o prédio do IBGE na Rua Visconde de Niterói, na Mangueira, Zona Norte da cidade, foi fundamental para evitar uma tragédia semelhante a ocorrida no dia 1º de maio no Centro de São Paulo, quando um prédio desabou depois de um incêndio de grandes proporções. Crivella lamentou o fato ocorrido na capital paulista e nesta quarta-feira, 2 de maio, comentou que o episódio serve de alerta para todos. Ele lembrou que, há duas semanas, a Prefeitura do Rio desocupou o antigo prédio do IBGE que estava abandonado desde 2002. O edifício será implodido no próximo dia 13, para que sejam construídas moradias populares por intermédio do programa Minha Casa Minha Vida.

“Aqui no Rio de Janeiro, há 15 dias, nós desocupamos o prédio do IBGE que há 25 anos estava sendo habitado por 210 famílias na região da Mangueira. Fizemos o cadastramento das pessoas, que foram para o aluguel social. Agora, no dia 13 de maio, nós vamos implodir o prédio, que dará lugar a um grande empreendimento do Minha Casa Minha Vida. É muito importante que a gente repare que há situações de iminente desgraça. Essas invasões são casos típicos. As estruturas tendem a ruir. Os ferros ficam expostos, vão se estragando, as vigas e colunas vão perdendo resistência e, de repente, há um desabamento iminente, vitimando crianças, homens e mulheres, em uma situação trágica”, ressaltou Crivella. “O prédio do IBGE foi uma luta, foram várias idas a Brasília, foram vários acordos assinados para que a gente pudesse fazer o que fizemos e o que evitou que uma tragédia como aquela que ocorreu em São Paulo tivesse ocorrido aqui”, completou Crivella.

Crivella lamenta tragédia em São Paulo e cita desocupação de prédio do IBGE no RioNos últimos anos, ex-prefeitos da cidade do Rio de Janeiro tentaram por pelo menos quatro vezes retirar as famílias do local. Nas quatro tentativas, nenhuma teve sucesso. Na primeira ação realizada pelo prefeito Marcelo Crivella, o prédio foi esvaziado. Todas as 210 famílias cadastradas pela prefeitura foram incluídas no aluguel social e receberam dois meses adiantados, no valor total de R$ 800. O aluguel social do Rio de Janeiro tem o mesmo valor do aluguel social de São Paulo, ou seja, R$ 400 mensais. Até o dia da demolição o prédio será vigiado por seguranças particulares contratados pela empresa que fará a demolição.

Estrutura do prédio estava comprometida

De acordo com o subsecretário de Infraestrutura da Prefeitura do Rio, Sebastião Bruno, o prédio do IBGE corria risco de incêndio e de desabamento por ruína. As pessoas que habitavam o local subdividiram os espaços e improvisaram moradia em área que não era residencial onde foram removidas vigas, paredes e até colunas para adaptar cômodos. Ainda segundo a secretaria, não havia ligação de luz e de água formal. O fornecimento de energia nos andares se dava por meio de ligações clandestinas – os chamados “gatos” – feitas da rua, o que gerava risco de curto circuito e incêndio. A água era coletada de canos da Cedae do solo por meio de mangueiras, latas e baldes. Havia também um chuveiro público onde os ocupantes do imóvel tomavam banho em uma área coletiva compartilhada no primeiro andar.

A Defesa Civil esteve no local inúmeras vezes fazendo relatórios da situação de segurança do prédio do IBGE. Os laudos constataram, além das instalações elétricas irregulares, uso indevido de botijões de GLP em pequenos ambientes, sem ventilação; risco de queda nas caixas dos elevadores que estão sem portas; infiltrações em paredes e teto; deformação acentuada em laje de concreto armado com grande vão que apresenta ferragens expostas, caracterizando “risco de desabamento, o qual, caso ocorra, poderá ocasionar desabamento por “efeito dominó” nas lajes abaixo, sendo imprevisível a magnitude do colapso estrutural que se desencadeará”, informa o laudo da Defesa Civil municipal. A Comlurb iniciou as operações de remoção de resíduos no prédio do IBGE em 17/03/18, com intervenções diárias. No total, foram 145 viagens durante todo o período – até a presente data – totalizando 856,14 toneladas de resíduos removidos com uso de caçamba para o apoio no serviço.

Minha Casa Minha Vida

Desde o início do governo Marcelo Crivella foram entregues 3420 apartamentos do Programa Minha Casa Minha Vida para beneficiários da Faixa 1 – para quem tem renda familiar mensal de até R$ 1.800. No modelo de financiamento desses empreendimentos, o subsídio do Governo Federal é de até 90% do valor do imóvel. A prestação das unidades pagas pelos beneficiários varia de R$80 a R$ 270, conforme a renda familiar bruta mensal. Os imóveis têm 40m²são compostos por sala, dois quartos, banheiro, cozinha e área de serviço.

Texto e foto: Ascom – Prefeitura do Rio de Janeiro

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