Marcos Pereira leva Brasil Mais Produtivo à Bahia, sexto estado a receber o programa

Programa lançado em Salvador tem como objetivo aumentar em pelo menos 20% a produtividade das empresas

Publicado em 8/9/2016 - 00:00

Marcos Pereira leva Brasil Mais Produtivo à Bahia, sexto estado a receber o programa
Programa lançado em Salvador tem como objetivo aumentar em pelo menos 20% a produtividade das empresas

Salvador (BA) – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), lançou nesta quinta-feira (8), em Salvador, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e o programa Brasil Mais Produtivo. “São dois importantes programas que integram medidas de política industrial e de comércio exterior”, disse o ministro durante a solenidade de lançamento, na Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), que teve a presença de autoridades do Estado e representantes da indústria local.

A Bahia é o sexto estado a participar do programa Brasil Mais Produtivo, que tem como objetivo aumentar em pelo menos 20% a produtividade de 3 mil empresas em todos o país até 2017. “Quando você aumenta a produtividade da empresa, você gera automaticamente empregos. Este é um dos objetivos desse programa: gerar empregos. Eu tenho dito que o melhor programa social é o emprego. O governo do presidente Michel Temer está empenhado para que a gente possa voltar a gerar empregos e diminuir esse alto índice de desemprego que já está próximo de 12 milhões de desempregados no país”, disse Marcos Pereira.

O ministro explicou que considerando o momento desafiador e a necessidade de reinvenção de alguns instrumentos de política industrial, o MDIC direcionou seus esforços para desenhar um programa de intervenções rápidas, de baixo custo, para impactar a produtividade da indústria. Nessa linha foi criado o Brasil Mais Produtivo, que em sua primeira etapa recebeu aporte de R$ 50 milhões. A intervenção no nível intrafirma se destina a promover modificações rápidas e de baixo custo para alcançar ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta, baseadas na redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns que ocorrem no processo produtivo

Em função de sua maior aderência à ferramenta de manufatura enxuta – técnica já testada e com resultados expressivos – o Brasil Mais Produtivo atenderá quatro cadeias produtivas prioritárias: Metalmecânico, Vestuário e Calçados, Moveleiro e Alimentos e Bebidas.

Entre as empresas interessadas em participar do Programa, terão prioridade as que se organizam em Arranjos Produtivos Locais (APLs) de todos os estados e regiões do país e que possuem entre 11 e 200 funcionários (pequenas e médias). Na Bahia, serão atendidos 180 empreendimentos no Brasil Mais Produtivo. A partir do critério de priorização de impacto local, foram feitos estudos técnicos que definiram três setores: “Metal-Mecânico”, no APL de Camaçari; “Confecções e Calçados”, no APL de Confecções de Serrinha e no APL de Moda de Coração de Maria; e também o setor de “Alimentos e Bebidas”, no APL de Cacau e Chocolate de Ilhéus e no APL de Alimentos de Salvador e região. Mais de 90 empresas já estão inscritas.

Cultura Exportadora

A Bahia é o 17º estado a receber o PNCE, ferramenta de regionalização das medidas da política de apoio às exportações, com o objetivo de aumentar o número de empresas baianas que operam no comércio exterior e aumentar as exportações de produtos e serviços do estado.

O PNCE é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. Além disso, conta ainda com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão. As empresas participantes contarão com uma gama de ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos, e identificação de mercados.

“O Estado da Bahia apresenta grande potencial de exportação em vários setores produtivos como os de alimentos e bebidas, vestuário e confecções, metal mecânico, madeira e móveis, artesanato, químicos, entre outros. Apenas nestes setores existem mais de 6 mil empresas”, disse o ministro.

O Comitê Gestor do PNCE na Bahia já está em operação e conta com a participação do Governo do Estado, da Federação das Indústrias (Fieb), do Sebrae, do IEL, além de Correios e Banco do Brasil. Ao longo do programa, outras entidades também irão participar do PNCE. O Comitê Gestor é responsável por planejar e executar as ações de apoio, assim como monitorar a performance do programa com as empresas locais

A Bahia foi o nono maior exportador entre os estados brasileiros em 2015, e o maior exportador entre os estados da Região Nordeste, respondendo por 4,1% das vendas externas nacionais e 58,5% das exportações regionais. No período, as exportações baianas tiveram queda de 15,3% em relação ao ano anterior, passando de US$ 9,3 bilhões para US$ 7,8 bilhões. As importações foram de US$ 8 bilhões em 2015, com queda de 10,7% sobre o valor do ano anterior (US$ 9 bilhões). Assim, no ano passado, a BA teve déficit de US$ 404 milhões na balança comercial. Em 2014, houve superávit de US$ 29 milhões.

Inovação

Após o lançamento dos programas para aumentar as exportações e a produtividade das indústrias da Bahia, o ministro fez uma visita ao Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Senai, em Salvador. O campus tem 35 mil metros quadrados de área construída e reúne uma escola técnica, um centro tecnológico e um centro universitário com 31 setores de competência. Oferece cursos técnicos de nível médio, cursos de qualificação, graduação, e pós graduação. O Cimatec possui o único programa de mestrado do Senai no Brasil com mais de 100 mestres formados e, recentemente, implantou um programa de doutorado. O objetivo é atender a indústria por meio de ações de educação para o trabalho, serviços técnicos e novas tecnologias.

Durante a visita, o ministro conheceu a fábrica modelo, onde são treinados os consultores do Brasil Mais Produtivo que replicam o conhecimento nas empresas que participam do programa. Marcos Pereira conheceu os laboratórios que realizam testes de durabilidade em autopeças e motores, o laboratório de robótica e o segundo maior supecomputador da América latina, o Cimatec Yemoja. Com capacidade para realizar 400 trilhões de operações por segundo (TFlops), ele será utilizado prioritariamente em pesquisas de geofísica, mas atenderá tambem a comunidade acadêmica e a indústria de petróleo e gás.

Texto: Ascom – MDIC
Foto: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

 

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