MDIC instala Grupo de Trabalho que definirá Estratégia Nacional para a Indústria 4.0

O ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima (PRB), presidiu nesta quarta-feira (26) a sessão de instalação do Grupo de Trabalho

Publicado em 27/7/2017 - 00:00

Ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge (PRB), presidiu a reunião

Brasília (DF) – O ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima (PRB), presidiu nesta quarta-feira (26) a sessão de instalação do Grupo de Trabalho da Indústria 4.0. O GTI 4.0 tem como atribuição propor uma Estratégia Nacional para a Indústria 4.0, buscando sua correlação com outras ações governamentais em curso que impactam a indústria nacional.

“Temos a oportunidade de vivenciar um marco real da história da evolução industrial e, mais do que isso, temos a oportunidade de contribuir para a elaboração de propostas de políticas públicas que serão fundamentais para a transformação da indústria”, disse.

“A Indústria 4.0 incorpora novas tecnologias à indústria tradicional, conectando nossos parques fabris às nuvens, a sistemas sensoriais virtuais-físicos, entre outros. A transformação digital é um desafio e uma oportunidade para a indústria brasileira, porque o investimento em tecnologia, certamente, implicará avanços na competitividade da nossa indústria”, completou Marcos Jorge.

O GTI 4.0 é coordenado pelo Gabinete do MDIC e conta com a participação dos ministérios da Educação; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Fazenda; Trabalho e Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, entre outros. Também integram o grupo o BNDES, a FINEP, a EMBRAPII, o CNPq e a CAPES. O setor privado está representado por diversas associações e entidades de classe. A academia é representada por Instituições de Ensino e Pesquisa que desenvolvam atividades relacionadas à Indústria 4.0 e Manufatura Avançada.

Estratégia

Marcos Jorge disse aos integrantes do GTI 4.0 que o MDIC realizou uma pesquisa na qual identificou os pontos prioritários para uma estratégia governamental para a Indústria 4.0, com o seguinte resultado: desenvolvimento e conhecimento tecnológico; mecanismos de inserção e adoção de tecnologias; habilidades sistêmicas e formação educacional 4.0; fomento e financiamento para a adoção e geração de tecnologias para a indústria 4.0.

“Espera-se uma participação plural, em um projeto coletivo, envolvendo os diversos segmentos da sociedade brasileira, na elaboração de propostas com impacto de curto e médio prazo, constituindo uma plataforma para o diálogo de políticas públicas. Temas prioritários como aumento da competitividade das empresas brasileiras, mudanças na estrutura das cadeias produtivas, um novo mercado de trabalho, fábricas do futuro, massificação do uso de tecnologias digitais, startups, dentre outros, serão amplamente debatidos e aprofundados neste GTI 4.0. A participação dos senhores com envio de contribuições resultará em importantes medidas que impulsionarão a Indústria 4.0 no Brasil”, concluiu Marcos Jorge.

Parceiros

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, disse aos integrantes do GTI 4.0 que a ABDI passou por uma série de transformações, se posicionando como uma agência de inteligência do governo federal para o setor produtivo. “Desde o primeiro momento, o ministro Marcos Pereira tem nos pedido muita atenção e celeridade nos temas relacionados à Indústria 4.0. No caso da ABDI, nós vamos trabalhar em dois polos dentro desse projeto: um é o modelo de maturidade e outro é o desenvolvimento dos testbeds”.

Guto explicou que o modelo de maturidade consistirá em uma plataforma onde a própria indústria vai conseguir enxergar o momento de maturidade em que está em relação à indústria 4.0. “A indústria vai poder enxergar se está na 1.0, 2.0, 3.0 e se ele está pronta para dar esse salto para a 4.0. Na Alemanha, por exemplo, que é um país que tem avançado muito nesta discussão, pouco mais de 10% da indústria é 4.0, então essa ainda é uma transformação que deve levar alguns anos. A questão é quanto o Brasil vai estar no timing correto disso ou não, sabendo que nos próximos dez anos, teremos uma atualização do maquinário entre 40% e 50% do nosso parque fabril, é uma atualização muito sensível e é uma atualização extremamente necessária. Se a gente conseguir casar essa atualização de maquinário, essa atualização tecnológica com os temas de 4.0, isso obviamente fará o Brasil dar um grande salto”.

Na reunião, Guto Ferreira anunciou ainda que a ABDI via disponibilizar no próximo ano R$ 5 milhões para os testbeds, que são plataformas de experimentação de novas tecnologias em um ambiente que reproduz em escala um cenário real.

“Os testbeds são laboratórios-piloto que nós colocaremos em algumas áreas ou plantas específicas, dentro de alguns setores que nós vamos identificar sob o comando do MDIC. Vamos identificar quais setores estão prontos para dar esse salto de 4.0. O setor têxtil, por exemplo, já tem feito grandes avanços em 4.0. Para estes testbeds a ABDI vai disponibilizar já para o orçamento do ano que vem R$ 5 milhões”, afirmou.

Texto e foto: Ascom – MDIC

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