Em Mendoza, ministro cita acesso a mercado europeu para produtos como carne bovina, açúcar e etanol
Publicado em 20/7/2017 - 00:00
Mendoza – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), disse nesta quinta-feira (20), em Mendoza, na Argentina, que a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia depende da apresentação “tempestiva” do bloco europeu da sua oferta de acesso a mercados, sobretudo dos produtos chamados ‘supersensíveis’ e de interesse central exportador para o Mercosul.
Marcos Pereira representou o governo brasileiro na 50ª Reunião Ordinária do Conselho de Mercado Comum, um dia antes de a Argentina passar para o Brasil a presidência ‘pro tempore’ do bloco sul americano.
O ministro tem afirmado no último ano que o Mercosul tem todo interesse em concluir as bases políticas do acordo até o fim de 2017, porém, isto depende da oferta de acesso da UE para produtos como carne bovina, açúcar e etanol.
Sobre os desafios da presidência do Brasil, Marcos Pereira disse que o objetivo é aprofundar as negociações intrabloco, com países da Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Chile e Peru) e outros blocos.
“A partir desta semana, caberá ao Brasil a responsabilidade de exercer a Presidência ‘pro tempore’. Priorizaremos, no que diz ao fortalecimento do comércio intrazona, o seguinte: a conclusão do acordo de compras governamentais; o tratamento efetivo dos entraves ao comércio intramercosul; aprovar a revisão das diretrizes de elaboração e revisão de regulamentos técnicos e procedimentos associados, bem como aprofundar discussões sobre coerência regulatória”, discursou.
Confira os principais pontos da fala do ministro Marcos Pereira
Brasil assume Mercosul
“A Presidência ‘pro tempore’ Argentina, que vai chegando a seu termo, foi exemplar. Em diversos aspectos, foi histórica. A partir desta semana, caberá ao Brasil a responsabilidade de exercer a Presidência ‘pro tempore’.”
Foco nos acordos comerciais
“Esperamos, com isso, dar enfoque mais dinâmico e pragmático para regulamentos técnicos, sanitários e fitossanitários no bloco; bem como à elaboração de uma agenda para pequenas e médias empresas.”
“Especificamente em relação à agenda de Facilitação de Comércio, da qual sou um entusiasta, gostaríamos de propor a coordenação de iniciativas além daquelas já tratadas no âmbito do CT2, e que envolvam outros órgãos governamentais intervenientes no comércio exterior, além das aduanas.”
“A negociação de acordos comerciais com parceiros estratégicos dentro e fora da região constitui uma das prioridades atuais do Mercosul que a Presidência ‘pro tempore’ do Brasil procurará manter e reforçar.”
Relação com América Latina
“Na América Latina, precisamos aproveitar cada vez mais nossa ampla rede de acordos e trabalhar para sua expansão e aprofundamento, e a aproximação com a Aliança do Pacífico é meta fundamental.”
“Felicitamos a conclusão do novo Acordo de Complementação Econômica com a Colômbia, que será assinado amanhã.”
Mercosul-União Europeia
“O Acordo de Associação Mercosul-União Europeia é emblemático dessa nova prioridade e dessa nova postura de nosso bloco. A data de conclusão do acordo, sugerido pela parte europeia para o final deste ano, é viável, mas dependerá da capacidade de a Comissão Europeia apresentar tempestivamente e negociar sua oferta de acesso a mercados, sobretudo dos produtos chamados “supersensíveis” e de interesse central exportador para o Mercosul.”
EFTA e Índia
“Ressalto, ainda, os avanços que tivemos nas negociações com o Efta e nosso interesse em continuar avançando nesse e também no aprofundamento do acordo com a Índia”.
Fonte e foto: Ascom – MDIC
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