Crivella: Um ministro da Pesca de números surpreendentes

Gestão de republicano supera expectativas e alavanca setor pesqueiro

Publicado em 14/3/2014 - 00:00

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A gestão de Crivella revelou avanços expressivos, como o Registro da Pesca e Aquicultura, Sanidade Pesqueira, Fiscalização e Informações Pesqueiras
Brasília (DF) – Marcelo Crivella (PRB) deixa o Ministério da Pesca e Aquicultura superando números recordes na produção nacional de pescado. Com R$ 700 milhões emprestados do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, o Brasil já bateu 2,3 milhões de toneladas de pescado na aquicultura e na pesca extrativa – o que chama a atenção é que esta previsão estava programada apenas para o final de 2014!

Segundo informou Crivella, durante o lançamento do Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal em dezembro do ano passado, a aquicultura brasileira, pela primeira vez na história, produziu, em 2013, mais pescado do que a pesca extrativa, cerca de 33% a mais do que no ano anterior. Um salto de proporções semelhantes ocorreu entre 2010 e 2011, quando a aquicultura nacional cresceu 31%.

A gestão de Crivella revelou avanços expressivos, como o Registro da Pesca e Aquicultura, Sanidade Pesqueira, Fiscalização e Informações Pesqueiras. O número de aquicultores registrados no Brasil, por exemplo, passou de 2.367 cadastrados, em 2012, para quase 15 mil. Um aumento de 460% em apenas um ano!

A pesca amadora concluiu o ano passado com mais de 400 mil inscritos e 165 competições licenciadas. A meta, para até setembro deste ano, é chegar a 450 mil pescadores amadores licenciados.

Expansão contínua

A aquicultura nacional deve continuar a crescer acelerada nos próximos anos. De acordo com o Departamento de Monitoramento e Controle do MPA, a produção aquícola pode aumentar 40% em 2014, com a participação de novos piscicultores e a entrada em atividade de novos parques aquícolas, que poderão produzir juntos mais 200 mil toneladas de pescado por ano.

Hoje muitos parques aquícolas – locais demarcados nos reservatórios para a criação de peixes em gaiolas – estão em produção, como ocorre em Itaparica (PE/BA), Serra da Mesa (GO), Xingó (SE e AL), Três Marias (MG) e Moxotó (PE/BA).

Os empreendimentos demandam mais e mais profissionais especializados. De acordo a Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca, atualmente existem 25 cursos da disciplina no Brasil, com a oferta de duas mil vagas. Muitos são novos, como os de Laguna (SC), Registro (SP), Piuma (ES) e Presidente Médici (RO). Em 2014, estão previstos novos cursos na Paraíba, em Pernambuco e no Maranhão.  Para a Federação, a expansão da aquicultura abre grandes oportunidades de trabalho no setor.

Cerca de 1 milhão de trabalhadores vivem da pesca no Brasil e o potencial brasileiro para a criação de pescado é um dos maiores do mundo. O país conta com 13% da água doce do planeta, extenso litoral, espécies promissoras e condições para produzir grãos, ou seja, ração. Mercado é o que não falta. No Brasil, o consumo cresce ano a ano. O Ministério da Indústria e Comércio divulgou um aumento hoje de 14,5kg por ano, 5kg a mais em relação a 2010. No mundo, o pescado é a proteína animal mais consumida.

Mudança

A presidente Dilma Rousseff confirmou, em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, 13, o nome do senador Eduardo Lopes (PRB/RJ) para substituir o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, que retorna para o Senado. A troca é parte da reforma ministerial iniciada em janeiro pela presidente para atender ao desejo dos ministros de se candidatarem nas eleições de outubro. Crivella deixa a Pesca para disputar o governo do Rio de Janeiro.

A cerimônia está prevista para esta segunda-feira, 17, às 10h, no Palácio do Planalto.

Texto: Helen Assumpção / Agência PRB Nacional, com informações do MPA
Foto: Douglas Gomes

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