Certificados são válidos por 20 anos
Publicado em 25/11/2013 - 00:00
Cuiabá (MT) – Pequenos agricultores, que desde a construção da Hidrelétrica de Manso, no Mato Grosso, esperavam a concessão de benefícios sociais e a oferta de alternativas de renda e cidadania, receberam na tarde de hoje, em Cuiabá, títulos que dão direito ao uso da água do reservatório para a criação de pescados. Os certificados, válidos por 20 anos, foram entregues pelo ministro da pesca e aquicultura, Marcelo Crivella e pelo governador do Estado Silval Barbosa.
A presidente da associação de piscicultores, Maria Aparecida Andrade, classificou o momento como histórico para a comunidade. Os ribeirinhos se sentem excluídos desde a formação do lago da hidrelétrica. Eles não teriam participado em maior número da licitação não onerosa das águas porque não teriam conseguido toda a documentação necessária. “Recebemos os certificados com satisfação, porque lutamos desde 2005 e ainda não fomos atendidos pela barragem”, garantiu Maria. Ela pediu ao ministro que destinasse aos ribeirinhos as áress remanescentes de Manso.
Marcelo Crivella explicou que a capacidade da barragem para projetos de aquicultura é de 10 mil toneladas e que ainda há espaço para mais produtores, com prioridade para as comunidades ribeirinhas. Em Cuiabá foram entregues 47 lotes não onerosos e 22 onerosos – destinados ao empresariado. Essas áreas tem capacidade para produzir mais de 7,5 mil toneladas de pescado por ano.
“Vamos fazer de Manso um exemplo para o Brasil. Com esses títulos na mão os produtores podem buscar o crédito do Plano Safra e viabilizar a produção”, destacou. O ministro também falou aos produtores sobre a importância de planejar a produção e garantir a comercialização por meio de empresas e programas sociais, como os que garantem o peixe na alimentação escolar.
O governador mato-grossense agradeceu o empenho do ministério na implantação dos parques aquícolas e na realização de um verdadeiro sonho dos pequenos produtores. “Esses produtores esperavam há muito tempo a legalização das áreas para terem uma alternativa de renda para a região”, comentou.
Fonte: Ascom – MPA
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