“Presenciamos o sequestro da paz social pelo tráfico”, afirma Eduardo Lopes

Em pronunciamento, senador mostrou preocupação com o aumento do crime organizado no país, especialmente no estado do Rio de Janeiro

Publicado em 4/10/2017 - 00:00

“Presenciamos o sequestro da paz social pelo tráfico”, afirma Eduardo Lopes
Em pronunciamento, senador mostrou preocupação com o aumento do crime organizado no país, especialmente no estado do Rio de Janeiro

Brasília (DF) – O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) subiu à tribuna, nesta terça-feira (03), para mostrar preocupação com o aumento do crime organizado no país, especialmente no estado do Rio de Janeiro.

Para o senador, a guerra entre facções criminosas rivais já ultrapassou o âmbito das grandes cidades, ocorrendo também em pequenas cidades antes não atingidas. “A questão da violência na sociedade brasileira, por exemplo, tem se revestido de importância crescente nas últimas décadas. Seu crescimento, sobretudo, pela competição entre facções criminosas rivais. Vemos estarrecidos como o crime se articula por todo o Brasil”, destacou Lopes.

Eduardo Lopes acredita que as redes de distribuição de drogas em todo o território nacional se valem de uma inteligência e de uma logística que rapidamente se compuseram com um profissionalismo assustador. “É preciso reconhecer que o crime atingiu um patamar de organização nunca visto antes e que o estado mal consegue lidar com essa realidade”, disse o senador.

Ao citar a violência registrada no Rio de Janeiro, Lopes falou sobre a guerra que se instalou em uma comunidade da cidade, nos últimos dias. “O Rio de Janeiro presenciou momentos de terror, quando bandidos afrontaram toda uma comunidade impondo zona de guerra a moradores sitiados e encurralados. Esse drama que todo o Brasil acompanhou deixou clara a falência do sistema de segurança pública no estado do Rio de Janeiro frente ao poder de fogo incontestável dos traficantes”, afirmou o parlamentar.

Para Lopes, o governo precisa tomar medidas diante da atual situação em que o estado se encontra e encarar o patamar de organização que o crime alcançou. “O certo é que, nessa recente guerra, presenciamos o sequestro da paz social pelo tráfico. Um gabinete de crise acabou sendo montado depois de a crise já estar instalada – medidas paliativas para velhos problemas! E, assim, tocamos a política da segurança pública no estado do Rio de Janeiro. Decididamente, não dá mais”, enfatizou o representante fluminense.

Crime hediondo

O senador lembrou que defendeu, na última semana, que seja incluída na lista de crime hediondo a posse ou o porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, como fuzis. Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, o relatório favorável de Lopes ao texto foi aprovado, por unanimidade.

O texto voltou da Câmara dos Deputados como o Substitutivo (SCD) 6/17, ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 230/14, de autoria do ex-senador e hoje prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB). Lopes defendeu a rejeição do SCD e resgatou o texto que havia sido aprovado pelo Senado em 2015. Segundo ele, a Câmara especificou os tipos de arma que seriam enquadradas no crime, o que limitaria o alcance da proposta. E também citava que seria hediondo apenas o uso dessa arma em crime. O projeto aprovado segue para sanção presidencial.

Texto: Júnior Laurindo / Ascom – senador Eduardo Lopes
Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

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