Jhonatan de Jesus questiona presidente do BNY em reunião da CPI dos Fundos de Pensão

Para o republicano, o administrador do fundo, nesse caso o BNY, também tem responsabilidade sobre as ações

Publicado em 2/10/2015 - 00:00

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Jhonatan de Jesus questionou o nome do responsável pelas negociações para a contratação do BNY Mellon para gerir os recursos do Postalis.

 

Brasília (DF) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão realizou, na última terça-feira (29), audiência pública para ouvir o depoimento do presidente para a América Latina do Banco BNY Mellon, Eduardo Adriano Koelle. A instituição financeira é responsável pelo Postalis, fundo de pensão dos servidores dos Correios. O presidente foi convocado para explicar a má administração do banco com os recursos do fundo, que pode ir à falência devido ao rombo bilionário.

Jhonatan de Jesus (PRB-RR) questionou o nome do responsável pelas negociações para a contratação do BNY Mellon para gerir os recursos do Postalis. “Como o Postalis é um dos poucos fundos de pensão que terceirizam a administração de suas aplicações, é preciso saber quem tomou essa decisão de colocar essa empresa para gerir parte dos recursos do fundo. Saber quem tratou das negociações pode esclarecer algumas questões para nós parlamentares da CPI”, explicou Jhonatan.

Em depoimento, o presidente Eduardo Koelle reconheceu ter havido fraude em compras de papéis estrangeiros com recursos do Postalis administrados pelo BNY, mas também afirmou que o banco não tem responsabilidade sobre o caso. Segundo Koelle, uma investigação interna do BNY apontou que a culpada foi a empresa Asset Management, gestora do fundo de investimento.

Na avaliação do deputado Jhonatan, o administrador do fundo, nesse caso o BNY, também tem responsabilidade sobre as ações, já que é ele quem contrata o gestor. “O BNY deve responder solidariamente perante a justiça sobre as fraudes encontradas na gestão dos recursos do Postalis. A justiça do Rio de Janeiro já entendeu dessa forma, tanto que determinou o boqueio de bens do banco, para ressarcir o Postalis, caso seja condenado”, afirmou.

Para o republicano, o presidente Eduardo Koelle não respondeu diretamente a todos os questionamentos, mas por reconhecer que houve perdas do Postalis, deixou claro que o banco também tem responsabilidade na gestão fraudulenta dos recursos e deve responder por isso.

De acordo com os servidores dos Correios, presentes na reunião da CPI, o prejuízo do Postalis chega a ultrapassar os R$ 6 bilhões.

 

Texto: Ana Larissa Albuquerque / Ascom – deputado federal Jhonatan de Jesus
Foto: Douglas Gomes

 

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