Republicano alerta que o tráfico de seres humanos tem crescido assustadoramente nos últimos anos.
Publicado em 13/4/2015 - 00:00
Brasília (DF) – Foi instalada no último dia 09 de abril, na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados uma Subcomissão Permanente para tratar especificamente do Combate ao Crime Organizado. O deputado republicano Ronaldo Martins (PRB-CE) foi escolhido pelo presidente eleito, deputado Moroni Torgan (DEM-CE), sub-relator da pasta que vai tratar do combate ao tráfico de pessoas.
“Agradeço a confiança. Esta é uma luta que tenho travado há vários anos, ainda como deputado estadual, no Ceará, onde participei ativamente de comissões parlamentares de inquéritos nesta linha de investigação. O tráfico de seres humanos é um crime silencioso, mas que tem crescido assustadoramente nos últimos anos e movimentado anualmente bilhões de reais”, lamentou.
Segundo o Ministério da Justiça, o tráfico de pessoas é o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.
As Vítimas
De acordo com o Ministério da Saúde, as vítimas que procuram os serviços de saúde são na maioria mulheres na faixa etária entre 10 e 29 anos. Há uma maior incidência de vítimas (cerca de 25%) na faixa etária de 10 a 19 anos, de baixa escolaridade e solteiras.
Perfil do traficante
Dados da Polícia Federal revelam que são as mulheres em maioria as aliciadoras, recrutadoras ou traficantes, que somam cerca de 55% dos indiciados. Já o Departamento Penitenciário revela um número maior de homens presos por atividades criminosas relacionadas ao tráfico de pessoas. No Ministério da Saúde, cerca de 65% dos casos de agressão a vítimas de tráfico de pessoas foram cometidos por homens. Finalmente, o diagnóstico revela a fragilidade dos dados sobre tráfico de pessoas, pois há instituições que ainda não estão preparadas para registrar esse tipo de crime, contribuindo para a subnotificação.
Por Mônica Donato / Ascom – Liderança do PRB
Foto: Douglas Gomes
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