Acompanhados, vamos mais longe

Sobre gestos e atitudes

Vamos refletir de que forma podemos contribuir para a reconstrução do nosso país

Publicado em 17/4/2017 - 00:00 Atualizado em 9/6/2020 - 16:33

Outro dia desses, conversávamos sobre as mudanças que o Brasil vem passando. O assunto não evoluía, não conseguíamos sair do lugar,  sempre voltávamos ao ponto de partida. Uma pergunta ficou no ar: onde tudo começou? Ao fazer uma rápida análise de tudo o que temos assistido em relação à corrupção, chegamos à conclusão de que ela vem sendo praticada no país nos últimos 30 anos.

Além dos prejuízos à nação, há outros aspectos negativos que refletem no nosso dia a dia e é sobre isso que devemos analisar, para que pequenos gestos e atitudes não se tornem lugar-comum. O costume de pagar propina quando se é parado numa blitz, estando com documentação atrasada, o “agrado” para passar na vistoria do Detran, a venda de votos em troca de dinheiro, cestas básicas, jogos de camisa e por aí vai. Como tenho falado, sou a favor do fim do foro privilegiado, da mesma forma que também não concordo com o que muitos consideram como “pequenos deslizes”.

A corrupção escancarada na mídia tem raízes profundas e reflete na forma como o país é gerenciado principalmente em relação à saúde, à educação e à segurança, uma rede de barbeiragens e barbaridades que vitimizam pessoas.

E por falar em segurança, em meu último discurso na tribuna do Senado Federal, na última terça-feira (11), falei sobre a violência sem precedentes que afeta o Brasil. A sensação de insegurança tomou conta das ruas do estado do Rio de Janeiro devido ao elevado índice de criminalidade. A cada dois dias um policial é morto no RJ e o tratamento de pessoas feridas com armamentos de guerra passou a ser algo considerado normal nos hospitais fluminenses. Ainda estamos no mês de abril e já há registro de 114 policiais baleados, sendo que 52 morreram.

Segundo a Anistia Internacional, destes, 56 estavam de serviço, 42 de folga, 16 eram reformados e 1 aposentado. Deles, 30 foram atingidos em comunidades pacificadas.

Não podemos olhar isso de forma natural. Temos que unir forças, todos os governos, para que possamos combater a violência e realmente ter uma segurança pública que dê à população tranquilidade e segurança para se viver.

A questão da segurança é do estado, mas o prefeito Marcelo Crivella teve a iniciativa de criar o Gabinete de Gestão Integrada Municipal para, junto com o estado, cumprir a missão, definir e pôr em prática ações contra a violência.

Quando mudei para o Rio nos anos 90, a preocupação era muito grande, era o período em que se tinham muitos crimes de assaltos se avolumando e oprimindo a sociedade. Eram blitzes falsas, assaltos, crimes. A situação foi melhorando e nos últimos anos vivíamos com maior sensação de segurança. Atualmente o Rio volta a ter dias tensos e preocupantes em relação à segurança.

A violência não é uma questão preocupante apenas no Rio de Janeiro, mas em vários estados. Em Florianópolis (SC), os moradores estão sobressaltados com as guerras de traficantes e tiroteios nas comunidades, que viraram rotina na cidade.

Creio que vivemos dias de grandes desafios e destaco a segurança como fundamental para todos nós. Vamos refletir de que forma podemos contribuir para a reconstrução do nosso país. Estejamos atentos e participativos, fujamos do pessimismo, o Brasil que desejamos existe sim, ele está sendo passado a limpo, creia: depende de cada um de nós.

Senador Eduardo Lopes
Presidente Nacional do PRB (Interino)

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