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Quanto pior é melhor para quem?

Trata-se de um movimento político eleitoral, exaltado pela oposição, por aqueles que perderam

Publicado em 14/8/2017 - 00:00 Atualizado em 9/6/2020 - 16:44

Olá, republicanos.

Temos recebido muitas perguntas em relação à nossa posição ao sistema Distritão. Na semana passada, a Comissão Especial da Câmara, que analisa a reforma política, aprovou o sistema que ainda precisa passar pela análise da Câmara e do Senado. O PRB faz parte do bloco de partidos, a Frente Contra o Distritão. Esta nossa posição é antiga e bem antes de se falar no tema.

No Distritão serão eleitos os candidatos mais votados, não se levando em conta os votos para partidos e coligações. Este sistema tem algumas distorções, entre as que consideramos mais negativas: o fato de que serão favorecidos os candidatos mais conhecidos, sendo assim, a saudável disputa de novos rostos no cenário político ficará mais difícil.

O PRB já reuniu a bancada, conversamos sobre este assunto e nos colocamos contra. O atual sistema, que é o proporcional, também tem suas distorções, aliás, todo sistema tem, mas acreditamos que seja aquele que dá oportunidade para a minoria, dá chance para que a sociedade seja representada.

Em reunião da qual participamos, com os presidentes dos maiores partidos do país, foi conversado que nós aprovássemos a PEC do Senado que determina o fim das coligações a partir da eleição de 2020. A cláusula de desempenho reduziria o número de partidos. O ponto importante que a PEC define é que os partidos que não atingirem a cláusula de desempenho não deixarão de ser partido, mas não terão direito ao fundo partidário nem ao tempo de televisão. Acreditamos que este é o motivo de haverem tantas legendas. Cria-se um partido, homologa-se e logo depois se tem direito ao fundo partidário. 

O PRB deseja que a PEC do Senado seja aprovada, pois atende a muitas questões que acreditamos ser melhor para a vida partidária e a representação brasileira. 

A primeira proposta da Comissão era a lista fechada, o partido indica a ordem de eleição numa lista pré-ordenada. A sociedade não aceitou porque percebeu que os cabeças seriam os comandantes, os chamados caciques, que usariam esta prerrogativa para salvarem o mandato. Como houve muita resistência, pensou-se no Distritão, que entendemos ser semelhante, e quem terá chances serão os que têm mais recursos e mandato. 

O PRB tem uma linha muito clara de ação. Nós defendemos o povo e queremos o melhor, queremos zelo e cuidado com a coisa pública. Os pessimistas, os que torcem pela estagnação, jamais impedirão a retomada do crescimento do Brasil. 

A reforma trabalhista foi motivo de muitas críticas, mas pesquisas mostram reflexos positivos. Um estudo feito pelo banco Itaú, por exemplo, concluiu que a reforma trabalhista aprovada, vai criar um milhão e meio de empregos, estimular o crescimento do país nos próximos quatro anos e que neste período o Brasil deve crescer.

Ainda segundo o estudo, a reforma deve melhorar a posição do país em um ranking que mede a eficiência no mercado de trabalho, feito pelo Fórum Econômico Mundial. Atualmente, entre 138 países, estamos na posição 117, mas com as mudanças na lei podemos passar para 86.

Tenho falado sempre que essa onda de “quanto pior melhor” é um movimento político eleitoral, exaltado pela oposição, por aqueles que perderam. Quanto pior é melhor para quem? Certamente não é para o povo brasileiro, que é o mais prejudicado. Sigamos juntos!

Senador Eduardo Lopes
Presidente Nacional do PRB (Interino)

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