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Os custos da democracia

Todos merecem esclarecimentos a respeito de algumas posições do partido

Publicado em 3/7/2017 - 00:00 Atualizado em 9/6/2020 - 16:39

Olá, republicanos!

E o país continua fervilhando com o cenário que sinaliza mudanças, e como não poderia deixar de ser: com dúvidas e incertezas. É fato que há muita confusão em relação aos temas, mas você, republicano, precisa entender este momento. Para ajudá-lo nesta missão, eu me dirijo principalmente aos presidentes estaduais do Partido Republicano Brasileiro (PRB): vocês têm papel fundamental, devem informar à militância, aos apoios e aos que estão se filiando ao PRB sobre a nossa história, ideologia e, além de tudo, sobre o trabalho. Estamos realizando encontros, fóruns, reuniões em todo o país, e todos merecem esclarecimentos a respeito de algumas posições do partido.

As Eleições 2018 estão se aproximando, e muitas são as questões a serem resolvidas; não é apenas ir às ruas ou redes sociais pedir votos, existem trâmites que podem comprometer todo nosso projeto político. Estivemos recentemente reunidos com representantes de vários partidos e uma das questões tratadas foi o fundo eleitoral. Com a proibição de doações de empresas para campanhas políticas, os presidentes de várias legendas querem criar um fundo eleitoral com os recursos públicos. A proposta é que o dinheiro poderá vir de emendas parlamentares e de parte das isenções de emissoras de rádio e TV.

Muitos questionam se o país aceitará o fundo eleitoral com o dinheiro público. Sejamos razoáveis: não é possível fazer campanha política sem recursos públicos ou diante da proibição das doações privadas. Mas, é claro, caberá a todos os Poderes diminuir os gastos, racionalizar, economizar.

A democracia tem os seus erros, mas é o melhor dos sistemas políticos, mas lembrem-se: há um custo.

Outro assunto, que é tema de debates e conversas são as reformas política, trabalhista e previdenciária. É preciso entender que não são pautas do governo ou de partidos A, B ou C, são pautas da nação.

Sobre a Reforma Trabalhista, nós do PRB, achamos necessário que ocorra, mas é urgente debater e analisar. A reforma foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, na qual sou membro titular e participei de todo o processo de discussão, tanto no colegiado, quanto na busca por entendimento e aperfeiçoamento de pontos polêmicos do texto-base enviado pela Câmara dos Deputados e junto ao Executivo. Houve um acordo firmado com a Presidência da República, e o presidente Michel Temer enviou uma carta aos senadores se comprometendo a vetar, suprimir ou até mesmo enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória referente aos pontos polêmicos do texto, e que são: o de trabalho intermitente; a jornada 12×36; a participação sindical na negociação coletiva; a proteção à saúde das gestantes e lactantes; a insalubridade; o dano extrapatrimonial e o trabalho exclusivo de autônomos.

O que todo brasileiro deseja é que o Brasil retome os níveis de geração de emprego e crescimento econômico. Para isso, é preciso que tenhamos uma legislação de acordo com o cenário atual, ou é melhor continuarmos sem avanços, sem crescimento, sem a menor chance de estabilidade e sem avanços nas relações de empregado e empresa?

O PRB não tem medo do debate, não fugimos das discussões, marcamos posições. Somos aliados do governo, mas não somos subservientes. É desta forma que o nosso presidente nacional licenciado, o ministro Marcos Pereira, pensa, sendo esta, inclusive, a sua declaração durante a convenção, quando confirmamos nosso apoio à ex-presidente Dilma Rousseff. Quando tivemos que deixar o governo por não concordar com algumas questões, assim o fizemos. Hoje estamos dando um voto de confiança ao atual governo, mas temos nossas convicções.

Presidentes, vocês devem levar estas informações aos filiados, militantes, políticos e eleitores e simpatizantes do PRB em seu estado. Todas as nossas decisões são tomadas em conjunto e com o aval de nosso presidente Marcos Pereira. Somos partidários, as pautas são decididas junto à bancada e à Executiva Nacional.

É assim que trabalhamos, é com clareza que caminhamos e temos certeza de que não é diferente no dia a dia em seu estado. Sigamos juntos!

Senador Eduardo Lopes
Presidente Nacional do PRB (Interino)

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