O futuro do Brasil é agora

Para Pereira, não é possível concordar com resultados tão pífios na educação

Publicado em 12/10/2015 - 00:00 Atualizado em 9/6/2020 - 19:38

Olá republicanos de todo o Brasil.

Neste 12 de outubro, Dia das Crianças, quero refletir com vocês sobre o futuro do Brasil. Afinal de contas, falar de criança é falar de sonhos e esperança. É imaginar e projetar, através delas e para elas, um país melhor.

Não podemos concordar com a “Pátria Educadora” figurando sempre nas últimas colocações de avaliações internacionais de desempenho escolar. Não é possível admitir resultados tão ruins e não se indignar.

Veja só: em maio, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um ranking mundial de qualidade da educação. O Brasil ficou na 60ª posição entre os 76 países avaliados.

Não sou especialista no assunto, mas não precisa ser expert para entender que vamos mal. As variáveis que têm posto o Brasil em situação tão vexatória são muitas, e os governos parecem não se importar como deveriam.

O professor continua sendo tratado como profissional de segunda linha. Falo como professor universitário. A condição dos colegas da rede pública é trágica. São tratados como gasto, não como investimento. Um erro.

As escolas públicas não acompanharam a evolução do nosso tempo. O Brasil é o antepenúltimo colocado de 31 países em ranking de habilidades digitais elaborado pela OCDE, à frente apenas de Emirados Árabes e Colômbia.

O ensino também precisa se adaptar a essa nova realidade e levar em consideração que a criança e o jovem de hoje não são os mesmos de 10, 20 ou 30 anos atrás. A aula nos moldes do passado já não é atrativa para o estudante.

Além de tudo isso, o Ministério e as secretarias estaduais e municipais de Educação não podem ser tratadas como mais uma pasta em meio a outras tantas que compõem os governos. Deve ser a mais importante.

É inaceitável que a Educação seja usada como moeda de troca política ou prêmio de consolação. É preciso estabelecer metas de curto, médio e longo prazo e trabalhar continuamente por esses resultados.

O Brasil só vai avançar de verdade quando entendermos que o país do futuro se constrói agora, e as crianças são sim nossa maior esperança. Tirar delas a chance de ser alguém na vida é cortar na nossa própria carne.

Boa semana a todos.

 

Marcos Pereira
Advogado e Presidente Nacional do PRB

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