O desafio da doação de órgãos

Artigo escrito por Roberto Sales, deputado federal pelo PRB Rio de Janeiro

Publicado em 27/9/2017 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 12:21

Hoje, 27 de setembro, comemora-se o Dia Mundial de Doação de Órgãos. Como presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Captação e Doação de Órgãos da Câmara dos Deputados, instalada em outubro de 2015, tenho me dedicando intensamente fazendo-se cumprir o que foi determinado desde a sua criação. Desde então, passamos a receber propostas, sugestões e buscando junto ao Ministério da Saúde e outros órgãos, chegar a um consenso.

Como transplantado do rim, agarrei com força essa bandeira. Percorri várias unidade de saúde que realizam transplantes no Rio de Janeiro e nos deparamos com alguns setores pós-operatório parados. Comprometi em direcionar recursos para suprir na aquisição de máquinas de hemodiálise para que o setor de diálise de algumas dessas unidades fossem reativado.

A Frente Parlamentar tem também vem apoiado campanhas de conscientização, como a que ocorreu no ultimo dia 19 de setembro, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde a minha equipe com imagens ilustrativas de órgãos feitas de isopor como: coração, fígado, rim e entre outros, abordou pessoas, orientando-as e entregando panfletos educativos com informações diversas sobre a doação de órgãos e o transplante de tecidos.

As campanhas de esclarecimento e divulgação são muito importantes para conscientização das pessoas e convencimento daqueles que têm dúvidas quanto aos requisitos e consequências da doação.

De acordo com o levantamento feito pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, cerca de 40 mil brasileiros aguardam por um órgão. Mesmo com mais de 20 mil cirurgias realizadas anualmente no país, a meta ainda é baixa de aproximadamente 16 doadores por um milhão.

A fila é muito grande e não há quantidade suficiente de órgãos para pessoas que necessitam deles para manter suas vidas. Como parlamentar, estou fazendo minha parte no Congresso Nacional. No entanto, precisamos de mais, alcançar o maior número de pessoas para doar e zerar a fila de transplante de órgãos em todo o país.

Para ser doador de órgãos, não é necessário nenhum documento escrito. Tudo que é preciso é a manifestação do desejo aos familiares. São os parentes do possível doador que teve morte encefálica que irão consentir ou não a doação de órgão. Por isso, é tão importante falar com os parentes sobre o assunto e os informar corretamente sobre o tema.

*Roberto Sales é deputado federal pelo PRB Rio de Janeiro

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