Inter deve ser multado por falta de acessibilidade no Beira-Rio

Durante o encontro, organizado pela vereadora Séfora Mota (PRB-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência, foi confirmado descumprimento do TAC

Publicado em 29/4/2014 - 00:00

Vereadora Séfora Mota PRB-RS
Vereadora Séfora Mota PRB-RS

Porto Alegre (RS) – Durante o encontro, organizado pela vereadora Séfora Mota (PRB-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência, o Ministério Público Estadual, na figura do promotor José Francisco Seabra, da Promotoria do Torcedor, confirmou o descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o MP e o Sport Club Internacional para que o estádio fosse adaptado. “Devemos ainda hoje, junto com o Ministério Público Federal, entrar com uma Ação de Execução contra o clube estipulando multas pelo descumprimento do TAC. Será uma multa diária, desde a data limite, que foi cinco de abril, e outra multa para cada jogo da Copa do Mundo que acontecer no estádio sem as adequações”, disse o promotor.

A reunião promovida pela Frente em Defesa das Pessoas com Deficiência, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, aconteceu na manhã desta segunda-feira (28/04) e reuniu diversos órgãos em defesa das pessoas com deficiência, sociedade civil, ministério público, Inter e poder legislativo para tratar da falta de acessibilidade no estádio Beira-Rio e durante a Copa do Mundo.

Para a vereadora Séfora Mota, existe um desrespeito de maneira geral com as pessoas com deficiência e a reunião promovida pela Frente serviu para unir todos os poderes para que, pelo menos durante a Copa, esse desrespeito seja menor. “A luta continua, mas esse encontro foi muito importante para que possamos nos unir e continuar cobrando. Agradeço a presença de todos e sei que temos muito a fazer. A acessibilidade é de todos. Ninguém está livre de amanhã ou depois ser uma pessoa com deficiência”, argumentou.

Participaram do encontro a Secretaria Municipal de Acessibilidade, a Secretaria Municipal de Saúde, os conselhos municipal, estadual e nacional de defesa das pessoas com deficiência, a Infraero, o Internacional, o Ministério Público Estadual, Faders, o Paradesporto RS e sociedade civil.

Um dos depoimentos que mais emocionou os participantes foi do cadeirante Pablo André Flores. Ele foi o colorado e sócio do clube que fez uma representação no Ministério Público e exigiu o cumprimento das leis no estádio. “A falta de acessibilidade na Copa é um retrato do que as pessoas com deficiência sofrem em outros locais, como hospitais, prédios públicos e privados, postos de saúde e muitos outros. Eu quero entender porque o estádio foi reformado e as leis não foram cumpridas. Isso é uma grande discriminação com as pessoas com deficiência”, disse Pablo, que é professor e está há doze anos numa cadeira de rodas.

Texto: Tiago Dimer
Fotos: Camila Cardoso

 

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