Comunidade surda será atendida por curso exclusivo da FRB

Foco é promover acessibilidade aos deficientes auditivos. Iniciativa conta com o apoio do deputado federal Carlos Gomes (PRB/RS)

Publicado em 1/9/2016 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 19:56

Brasília (DF) – Para atender à comunidade surda de maneira efetiva, a Fundação Republicana Brasileira (FRB) promoverá as versões presencial e a distância do curso de política tradicional com o auxílio de um profissional intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais. A iniciativa é fruto de um projeto articulado pela presidente da instituição, Telma Franco, e contará com o apoio do deputado federal Carlos Gomes (PRB-RS).

“É uma iniciativa louvável e humanitária. Digo humanitária porque é desumano o que o Brasil tem feito com a comunidade surda, negando seus direitos e desrespeitando sua cultura. É uma cultura própria, uma linguagem oficial própria. Essa parcela da população tem sido totalmente ignorada, principalmente pela educação”, destacou Gomes.

O parlamentar explicou ainda, as dificuldades que os deficientes auditivos enfrentam quando precisam dos serviços básicos de atendimento. “Imagina, por exemplo, como uma pessoa surda vai explicar ao médico o que está sentindo? Ao sofrer discriminação e violência, que não é pouco, como conseguirá se queixar numa delegacia? Esses são só alguns pontos. Não temos intérpretes de Libras no serviço público”.

Segundo Franco, o objetivo é proporcionar um ambiente essencialmente democrático. “Temos a preocupação de levar cidadania a todos. No caso específico dos surdos nos comove e, ao mesmo tempo causa um senso de responsabilidade muito grande, perceber que eles não têm a atenção devida. Queremos, de fato, contribuir para a transformação dessa situação de descaso. Nossa intenção é abraçar a comunidade surda, trazê-la para perto, para as discussões de interesse geral”, disse a líder da FRB.

Além de abranger os dez temas do curso tradicional e promover o debate político, o projeto atuará também com palestras e atividades motivacionais. O curso será acessível, conduzido por um professor e por um tradutor especializado. A proposta está em fase de estruturação e será efetivada em breve, com previsão de agendamento, para a primeira turma presencial, no mês de setembro. A iniciativa contará, ainda, com a parceria de representantes de associações do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.

Texto: Suellen Siqueira / Ascom – FRB
Fotos: Carlos Gonzaga

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