Alexandre Meireles tem no sangue a persistência necessária para lutar em favor dos pescadores acrianos

O entrevistado da semana é o superintendente da Pesca no Acre.

Publicado em 2/6/2014 - 00:00 Atualizado em 18/6/2020 - 10:46

A Superintendência da Pesca no Acre está sob o comando de um jovem apaixonado por pesca: Alexandre Meireles. Gestor de Políticas Públicas de carreira, o republicano de 32 anos de idade tem o desafio de dar continuidade ao trabalho que já vinha coordenando desde 2013.

Alexandre tem no sangue a persistência necessária para lutar em favor das colônias de pescadores e piscicultores e torná-las atividades geradoras de emprego e renda. Nesta entrevista, você vai conhecer um pouco mais do trabalho desse acriano.

 

ENTREVISTA

1 – O senhor está há dois meses como novo superintendente da Pesca do Estado Acre. Tem sido um desafio estar à frente de um trabalho que tem o compromisso com a sustentabilidade ambiental no uso dos recursos pesqueiros?

Alexandre Meireles – Com certeza esse é mais um dos vários desafios que temos de enfrentar, principalmente aqui no Estado do Acre, onde a carga de pesca foi muito intensa na década passada devido à falta de fiscalização efetiva, fazendo com que nossos rios já não consigam mais oferecer a quantidade de pescado que já forneceram.

2 – O senhor acredita que a piscicultura e a aquicultura do Estado serão importantes para aquecer a economia acriana?

Alexandre Meireles – Tendo em vista vários investimentos em toda a cadeia produtiva por parte do Governo Federal – através do MPA -, quanto do Governo do Estado, a piscicultura e a aquicultura, que é por sua vez mais ampla, podendo agregar valor a outros tipos de cultivos além do peixe, tendem a se tornar cada vez mais importantes na geração de emprego e renda do nosso Estado.

3 – Ao total são 16 colônias de pescadores no Acre. Quais os trabalhos voltados para os benefícios das mesmas?

Alexandre Meireles – No início da gestão anterior, as colônias se encontravam em estado de falência, tendo em vista que o principal mecanismo de atividade dessas associações era justamente a carteira de pescador, onde os processos se encontravam parados nesta Superintendência há vários anos por falta de interesse dos superintendentes anteriores. Com o retorno da emissão dessas carteiras, as colônias tiveram como se organizar e os associados voltaram a pagar suas mensalidades em dia. Hoje, esta Superintendência possui várias fábricas de gelo e caminhões frigoríficos cedidos para as colônias.

4 – O senhor vem coordenando a Superintendência da Pesca desde o ano de 2013. O que foi feito neste período?

Alexandre Meireles – Foram realizadas várias ações, mas destaco os projetos de financiamentos para pescadores e piscicultores através do Plano Safra da Pesca e Aquicultura; várias carteiras de pescadores emitidas; registros de aquicultor e comerciantes de peixes ornamentais. Também firmamos parceria com o IFAC, através do PRONATEC Pesca e Aquicultura, com 680 vagas em cursos de Piscicultor, Preparador de pescado, Aquicultor e Pescador Artesanal, que serão oferecidos ao longo do ano nos 22 municípios do Acre. Iniciamos ainda uma parceria com a Caixa Econômica Federal, através do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), para a construção de mais de 1.390 unidades habitacionais que contemplam todas as colônias de pescadores.

5 – Foram investidos mais de 10 milhões do Governo Federal em convênios na piscicultura acriana, estaria esse voltado para garantir a qualificação técnica dos produtores e a melhoria na piscicultura?

Alexandre Meireles – Na realidade, foram firmados dois convênios com o Governo do Acre, que somados ultrapassam R$ 22 milhões. Esses convênios são específicos para a construção de tanques e açudes visando complementar o ciclo da cadeia produtiva do Estado, que se inicia com a instalação definitiva do complexo de piscicultura denominado Peixes da Amazônia.

 

Texto e foto Juliana Queiroz / Ascom – PRB Acre

 

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